São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994 |
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Zinho festeja nova tática e primeiro filho
UBIRATAN BRASIL
O gesto, consagrado por Bebeto na vitória da seleção brasileira contra a Holanda, na Copa do Mundo, representou sua euforia com a novidade recebida na manhã de ontem. "Minha mulher (Simone) foi até a concentração e me deu uma caixa de presente. Achei estranho porque não sou pai. Quando abri, vi o resultado do exame comprovando que ela está grávida", contou o jogador. Zinho, que pretende chamar o primeiro filho de Hector, sentiu-se motivado. A estréia no Campeonato Brasileiro contra o Paraná fugia do previsto. Na última semana de preparação, o time perdeu Edílson para o Benfica e ainda corre o risco de não ter Mazinho, que interessa o Valencia. "Tivemos que alterar um esquema tático que já estava bem definido", disse o técnico Wanderley Luxemburgo. Com a ausência também de Rincón, negociado com o Napoli, o treinador precisou mexer no meio-campo e modificar as funções de alguns jogadores. Zinho recebeu a tarefa de atuar mais fixo no meio-campo, auxiliando em alguns momentos a faixa direita com Cláudio, para liberar Edmundo e Amaral. Sua antiga missão –correr pelo lado esquerdo– passou para o meia Rivaldo, contratado ao Mogi Mirim, na semana passada. "Achei ótimo, porque me deixa jogando como gosto: vindo do meio-campo, com opção de chegar rápido ao ataque", disse Zinho. O atacante palmeirense mostrou a eficiência da mudança em campo: além do gol, Zinho cobrou o escanteio em que o zagueiro Cléber marcou de cabeça o quarto gol. "É uma jogada ensaiada. Enquanto a marcação fica sobre os atacantes, na pequena área, eu procuro os nossos zagueiros, que ficam mais atrás." O desafio de acertar a nova tática do time convenceu Zinho a ficar no Palmeiras. "Fui sondado por empresários do Paris Saint-Germain, mas nada oficial. Assim, não acredito que vá sair." Luxemburgo espera não perder o jogador. "Ele é importante para o sucesso do novo estilo do Palmeiras", disse o treinador, apontando números. "Tivemos dez oportunidades reais de gol e aproveitamos quatro." Os números desagradaram, porém, o técnico do Paraná, Rubens Minelli. "O time hoje (ontem) teve uma péssima atuação, totalmente despersonalizado." O grande problema da equipe foi a fragilidade na faixa esquerda. "O Palmeiras criava ali suas jogadas. Tentei fechar, mas a marcação falhou muito." Minelli criticou também a arbitragem de Sidrak Marinho dos Santos. "Foi totalmente parcial até o Palmeiras virar o jogo. Daí começou a apitar certo." O zagueiro Edinho Baiano sofreu uma fratura na mandíbula, ao disputar uma bola, e foi encaminhado ao hospital. Texto Anterior: Lances antológicos salvam primeira rodada Próximo Texto: Definições saem hoje Índice |
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