São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 1994
Texto Anterior | Índice

Atlas da Folha; Jogo do bônus; Doutores e encanadores; Frei Tito e a justiça; Estréia da peça; Balarinos demitidos; Direitos dos deficientes; Romário e Senna

Atlas da Folha
"A edição de hoje (14/08) esgotou-se cedo. Pretendo adquirir mais dez exemplares com o Atlas, que deve ser muito bom, pois é vendido por esse simpático e respeitável jornal, do qual sou assinante há mais de 25 anos."
Altino Lorena Machado (Capivari, SP)

"Mais do que o Atlas, que será de preciosa ajuda a todos nós, a Folha merece os cumprimentos por ultrapassar a marca de 1 milhão de exemplares. São poucos os jornais que se podem dar ao luxo dessa tiragem, que é sem dúvida o melhor prêmio para um país que precisa sair do 'berço esplêndido' da ignorância cultural."
Luiz Edgard Bueno (Londrina, PR)

"Parabéns pelo sucesso e qualidade do Folhão."
Luís Henrique Soares Novaes (Santos, SP)

"Duplo parabéns à Folha: pelo lançamento do Atlas e matéria de Cláudia Mesquita publicada hoje (14/08), 'Dizer não ao chefe pode até ajudar'. Gostaria de esclarecer que em 1985, quando vetei a propaganda da Rhodia, o fato era tão inédito que resultou em artigo de duas páginas numa revista dirigida ao meio empresarial. A Divisão Farmacêutica apoiou meu veto e exerci minha função de ombudsman."
Maria Lucia Zulzke (São Paulo, SP)

Jogo do bônus
"Não podia de deixar de parabenizar a brilhante exposição, clara e reveladora, de Marcelo Beraba (edição de 12/08), trazendo a lume a prática perversa e escusa do jogo do bônus eleitoral, onde com certeza se negociam não somente o megamercado das telecomunicações, transportes e outros, mas também a forma ideal, bárbara e egocêntrica de sobrepujarem esta sociedade, que agora se reabilita."
Fabio Augusto Generoso (São Paulo, SP)

Doutores e encanadores
"Em seu artigo na Folha de 11/08, Marilena Chaui menciona um 'número razoável de capítulos sórdidos' na história da social-democracia. Menciona mas não explica, e nem coteja, por exemplo, com a história do socialismo, onde doutores e encanadores também comeram o pão que o diabo amassou. A vibrante professora poderia então nos oferecer outro texto confrontando as intenções e os resultados dos diferentes modos de produção no combate ao medo e à miséria. Talvez depois da campanha eleitoral, com suas paixões e concessões inevitáveis."
Carlos A. Idoeta (São Paulo, SP)

"A leitura do lúcido artigo 'Doutores e encanadores', de Marilena Chaui, nos leva à seguinte conclusão: Ruth Escobar, Arnaldo Jabor, Regina Duarte e outros do mesmo time certamente estariam em lado oposto ao do sindicalista Lech Walesa e ao do negro pobre e ex-presidiário Nelson Mandela, em suas respectivas e memoráveis campanhas na Polônia e África do Sul."
Mauro Santos Ferreira (Belo Horizonte, MG)

"A doutora Chaui tem toda razão: a questão básica nesta sucessão não são os títulos acadêmicos, mas sim o caráter dos candidatos. Precisamente por isso votarei em FHC."
Helio Santos (São Paulo, SP)

Frei Tito e a Justiça
"Parabenizo Frei Betto pelo magnífico artigo 'Frei Tito, 20 anos', edição de 10/08. Fui defensor de ambos e, em sã consciência, dou testemunho das atrocidades a que foi submetido Tito, nos cárceres da polícia paulista (Dops) e Exército (Oban). O Poder Judiciário e o Ministério Público Militar tomaram conhecimento de tudo e se mantiveram em total silêncio. Os carcereiros podiam mais, muito mais, do que os juízes e promotores de Justiça. O suplício de Tito e de outros jovens, idealistas e patriotas em passado ainda recente, à luz da história, repleto de dolorosos e amargos ensinamentos, deixou-me a lição de que o real e efetivo exercício da advocacia, tendo por base o bom direito, somente alcança a Justiça quando se tem pela frente verdadeiros e autênticos juízes."
Mario Simas, advogado (São Paulo, SP)

Estréia de peça
"Gostaríamos de entender qual o critério do roteiro de teatro desta Folha, ao tratar a comédia 'Sua Excelência, o Candidato' como 'reestréia'. Apesar de ser de conhecimento público, gostariamos de lembrar aos responsáveis pelo roteiro que a comédia que esteve em cartaz em São Paulo oito anos atrás tinha um elenco completamente diferente deste, uma outra direção, outros produtores, outro cenógrafo, outro figurinista, sendo este um outro e absolutamente novo espetáculo. Apenas um elemento, obviamente, permanece inalterado: o texto. Se, cada vez que se fizer uma nova montagem de um texto não inédito, esta Folha tratá-la como tratou 'Sua Excelência, o Candidato', sugerimos que sejam consideradas reestréias todas as obras de Shakespeare, Tchecov, Plinio Marcos, Brecht, Nelson Rodrigues, Moliére, Suassuna, Gogol, Beckett, Goldini e Arthur Azevedo, apenas para citar algumas, muitas delas em cartaz na capital."
Sérgio D'Antino, Fulvio Stefanini, Jandira Martini e Marcos Caruso (São Paulo, SP)

Bailarinos demitidos
"É realmente lamentável a estupidez de certas 'autoridades'. A preocupação com a imagem faz com que se gaste muito com automóveis para a seleção, porém na hora de pagar os bailarinos, que, tanto quanto os jogadores, chegaram a seus postos com muita batalha, percebe-se a omissão da Justiça e a verdadeira identidade de uma política repressora, sem democracia. Será que não se pode exigir o que é de direito?"
Régis Santos, ator (São Paulo, SP)

Direitos dos deficientes
"Vimos pela presente informar ao sr. José Geraldo Couto, da reportagem local, que, ao contrário do que ele afirma na matéria "Gestos de amor' fala do mundo dos surdos', a luta dos cidadãos portadores de deficiências por seus direitos sociais e culturais não é 'algo que só se concebe num país de forte organização da sociedade civil, como a Itália'. Talvez a luta dos deficientes brasileiros por seus direitos, mobilizados e organizados politicamente desde 1979, não tenha o mesmo charme dos italianos, mas dizer que não existe denota um profundo desconhecimento por parte do 'jornalista' em questão. No mínimo, significa que ele não lê nem a Folha que, desde o final da década de 70, vem publicando sistematicamente reportagens e notícias sobre os deficientes brasileiros e sua luta para que seus direitos civis e humanos sejam respeitados."
Ana Maria Morales Crespo, coordenadora-geral do Núcleo de Integração de Deficientes (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista José Geraldo Couto – A leitora tem razão em protestar contra a frase citada, que é imprecisa e, portanto, infeliz. Não se justifica, porém, o tom rancoroso da carta, já que o objetivo desse trecho do meu texto era sugerir, de forma positiva, que a luta pelos direitos dos deficientes está ligada à organização e ao fortalecimento da sociedade civil como um todo. Não por acaso, a mobilização dos deficientes brasileiros começa em 1979, momento decisivo na superação do autoritarismo do Estado pela sociedade organizada.

Romário e Senna
"Achei de extremo mau gosto e muita petulância o fato de o jogador Romário se auto-intitular sucessor de Ayrton Senna, como herói nacional (Esporte, 7/08)."
Regina Célia Matheus (Uberaba, MG)

"Foi com indignação que li a reportagem 'Romário se vê como sucessor de Senna'; jamais, em tempo algum, esse jogador pode se comparar em dignidade, honradez, profissionalismo, competência, talento e patriotismo ao nosso saudoso Senna."
Marisa Prado (Passos, MG)

Texto Anterior: Candidaturas, pesquisas e conjecturas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.