São Paulo, terça-feira, 16 de agosto de 1994 |
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Estado gasta 7,5% do previsto para o Tietê
LUIZ CARLOS DUARTE
O contrato, assinado com a Sabesp em dezembro de 92, prevê investimentos durante quatro anos. As principais obras executadas com esse financiamento são as novas estações de tratamento de esgoto no Parque Novo Mundo e em São Miguel Paulista, a construção de 1.500 quilômetros de rede coletora, 315 km de coletores-troncos e 250 mil ligações domiciliares. O Estado ainda executa com recursos próprios a estação do ABC. O regime do financiamento é de contrapartida. Para cada dólar aplicado pela Sabesp, o BID libera o correspondente. O presidente da Sabesp, Luiz Appolonio Neto, 45, nega porém que o percentual já desembolsado represente um volume pequeno de obras em relação ao cronograma. Appolonio Neto diz que 52 obras estão em andamento e que muitas delas foram contratadas com valores abaixo do projetado. Cita como exemplo a estação do Parque Novo Mundo, orçada em US$ 42 milhões, e que saiu por US$ 21 milhões. Ele afirma que algumas obras sofreram atraso em função das "interferências urbanas" (autorização da prefeitura, liberação do trânsito e remoção de favelas). Ressalta, porém, que a meta de tratar 50% do esgoto coletado na cidade será cumprida até o final do contrato, programado para dezembro de 1996. A meta inclui ainda a ampliação do esgoto coletado, do atual patamar de 63%, para 70%. Atualmente, dos 63% de esgotos que são coletados na região metropolitana, apenas 19% são tratados. No Brasil, segundo a Sabesp, a rede de esgoto atende apenas a 30% da população. BID Os US$ 900 milhões do contrato com o BID fazem parte da primeira fase do financiamento. A segunda fase estabelece investimentos de mais US$ 1,2 bilhão, que serão aplicados prioritariamente na ampliação das estações de tratamento de esgoto. O programa de despoluição do Tietê deve se estender até 2005. Texto Anterior: Quem ganha com o caos Próximo Texto: 'Sabesp não tem como investir' Índice |
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