São Paulo, sábado, 20 de agosto de 1994 |
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Diretor do Ibama acerta tapa no rosto de ministro durante reunião
MÁRCIA MARQUES
Minutos depois que a agressão se tornou pública, o Palácio do Planalto divulgou o ato de exoneração de Perpétuo, que é amigo do presidente Itamar Franco. Segundo assessores do ministro Henrique Hargreaves (Gabinete Civil), que também é amigo de Perpétuo, ele foi exonerado por causa do tapa. Antes da agressão, a causa da exoneração, segundo o Planalto, era sua nomeação para diretor da Secretaria de Desenvolvimento Integrado do Ministério do Meio Ambiente –que foi cancelada. A agressão aconteceu às 10h30, na sala de reuniões da diretoria do Ibama. O ministro dirigia uma reunião de rotina com os técnicos e diretores da área de ecossistemas. Perpétuo, segundo testemunhas que não querem ser identificadas, entrou na sala e dirigiu-se ao ministro, como se fosse conversar. Ao chegar perto acertou Cavalcanti com um tapa. Há outras duas versões para a exoneração. A de ambientalistas e alguns funcionários é que ele teria liberado, contra avaliação técnica, o agrotóxico Dithane PM. A liberação foi feita em documento em que a assinatura de Perpétuo foi falsificada. O caso se arrastava há três meses. Ontem ele teria sido informado por Hargreaves da exoneração. A segunda versão é contada por amigos de Perpétuo. A falsificação da assinatura teria sido uma "armação" para envolvê-lo. Texto Anterior: Para governo, as cartelas de telebingos são regulares Próximo Texto: Mais jornalistas têm decisões favoráveis Índice |
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