São Paulo, sábado, 20 de agosto de 1994 |
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Lula usa força de Arraes e faz maior comício
EUMANO SILVA
Lula ficou empolgado e pretende encerrar a campanha deste ano com outro comício na cidade. A inspiração vem da CBF, que fez em Recife o jogo da virada da Seleção Brasileira de futebol. A Polícia Militar de Pernambuco e os organizadores do comício calcularam em 50 mil o número de pessoas presentes. Arraes é candidato ao governo do Estado e tem tradição de realizar grandes comícios em Recife. Como era um comício organizado por Arraes, o candidato do PSTU a governador, Joaquim Magalhães, foi impedido de subir no palanque. Magalhães apóia Lula. No seu discurso, Lula tentou mais uma vez vincular o candidato do PSDB a presidente, Fernando Henrique Cardoso, aos grupos políticos que já governaram o Brasil. "Se eles abrissem uma escola que ensinasse a governar, eu não colocaria meu filho porque ele somente aprenderia a roubar." A candidatura de Lula é apoiada em Pernambuco por três setores que ele critica nos comícios: banqueiros, usineiros e empreiteiros. Representantes desses três segmentos empresariais se aproximaram de Lula através de Arraes. Estavam no palanque de Lula o candidato ao senado, Armando Monteiro (PDT), dono do Banco Mercantil de Pernambuco, e José Chaves, dono de empreiteira e candidato a deputado pelo PSB. "Há banqueiros, usineiros e empreiteiros honestos e desonestos, da mesma forma que há sindicalistas honestos e desonestos", afirmou, ao responder porque aceita em Pernambuco o apoio de setores que critica em outros Estados. A coletiva foi concedida por Lula quando chegou a Recife, depois de sair de Garanhuns (PE). Colaborou GUSTAVO KRIEGER, enviado especial a Garanhuns Texto Anterior: Prefeitos ajudam Lula em Pernambuco Próximo Texto: Genoino e Garcia criticam campanha de Lula Índice |
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