São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994
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Reformista, Werner retoma a tradição

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

A opção profissional de René Werner configura uma curiosa contradição.
Rabino da escola reformista (ramo do judaísmo que busca adaptar valores tradicionais à modernidade), Werner segue caminho de seus colegas do início da era cristã.
"Os rabinos da era bíblica trabalhavam em profissões diversas para sobreviver. Dizia-se que o estudo da 'Torá' (texto sagrado) deveria ser feito apenas por amor", explica. "Onde não há pão, não há sabedoria, diz um velho adágio."
Com o advento da Idade Média, os rabinos, ao lado de suas funções religiosas, passaram a exercer também atividades administrativas remuneradas junto às organizações da comunidade judaica.
"O fato de não exercer o rabinato em tempo integral é, portanto, muito tradicional", brinca Werner, vice-presidente da comunidade Shalom, frequentada por mais de 150 famílias de judeus paulistanos.
Werner diz que talvez seja o único rabino consultor no mundo, embora conheça alguns que são empresários. Seus clientes têm diferentes origens religiosas.
Segundo ele, a marcante influência matriarcal em famílias de imigrantes judeus provenientes da Europa contribui para inibir conflitos sucessórios, ao menos nas primeiras gerações. "Os filhos crescem vendo pai e mãe lado a lado nos negócios."
(NB)

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