São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994
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Bienal vira corrida por autógrafo

EDUARDO SIMANTOB
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais de 250 mil pessoas –segundo a organização do evento– visitaram a 13ª Bienal do Livro até ontem, no parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo).
As filas para autógrafos só não eram mais concorridas do que as para comprar refrescos, em virtude do calor excessivo e da falta de bebedouros.
O escritor Paulo Coelho, campeão de vendas do evento até agora, ("Na Margem Do Rio Piedra, Eu Sentei e Chorei"), disse estar mais que satisfeito com a fila de cerca de 300 pessoas que lutavam por um autógrafo.
Coelho só perdeu em tietagem para o jogador de vôlei Giovane, o "Gigio". A presença do ídolo levou cerca de 350 fãs a histeria, para desespero dos 15 policiais que tentavam controlar a turba.
o escritor Fernando Sabino, que veio autografar seu livro "Aqui Estamos Todos Nus", passou mal por causa do tumulto e se retirou do prédio sem autografar livro algum.
As outras estrelas do dia, o cartunista Ziraldo ("Coleção ABZ") e o escritor Fernando Morais ("Chatô") gozavam de um público mais civilizado.
O leitores mirins de Ziraldo esperavam pacientes e silenciosos na fila, entre carrinhos de bebê e balões, exibindo suas novas aquisições. Entre estas, destacava-se o dicionário Aurélio infantil ilustrado pelo cartunista.
O campeão de vendas de livros de auto-ajuda, Lair Ribeiro, autografava ao lado do estande da Rocco, onde estava Paulo Coelho, ficando quase invisível ao público.
Entretanto, a primeira edição de 60 mil unidades de seu novo livro, "Viajando no Tempo", já está esgotada. Uma nova tiragem chega às livrarias na próxima quarta-feira.
O repórter da Folha Fernando Rodrigues esteve pela manhã autografando o seu livro, "Os Donos do Congresso", escrito com os também jornalistas Gustavo Krieger e Elvis Bonassa.
Segundo Rodrigues, o livro já vendeu 20 mil unidades e, "se houvesse espaço, ainda haveria muito mais coisas a contar que não foram reveladas pela CPI da corrupção".
O articulista da Folha José Simão reclamava do calor enquanto autografava o seu "Macaco Simão no Tetra", que está sendo lançado pela editora Iluminuras e estava sendo vendido numa média de 120 exemplares por hora. Segundo Simão, "da Copa à Bienal o calor é o mesmo". A Bienal vai até o dia 28.

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