São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994 |
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Esponjaço põe infidelidade na TV Investimento foi de US$ 2 milhões FILOMENA SAYÃO
Trata-se dos novos comerciais do Esponjaço, esponja para limpeza de panelas feita com fibras de náilon. Produto totalmente sintético, entrou para concorrer em um segmento liderado pela Bombril, feito de palha de aço. Em um dos comerciais (são três), intitulado "O outro", uma mulher confidencia para a câmara: "Eu tinha uma relação estável. Ele fazia a parte dele, e eu, a minha. Mas exigia um esforço... Cansei. Enferrujou...". Em outro filme, "A separação", uma mulher conversa ao telefone: "Me separei. Dessa vez foi definitivo. Ele estava tão enferrujado... caidinho. Mas eu já encontrei um substituto". A campanha, feita pela Lage & Magy, tem o objetivo de estimular a comparação entre o novo produto e o líder. "O assunto é traição, infidelidade", afirma Walter Guelfi, 49, vice-presidente da agência. A escolha desse tema não ocorre por acaso. Depois da entrada do real, uma das tarefas mais difíceis para a indústria é manter a fidelidade do comprador à sua marca. "A nova realidade econômica deixou o consumidor pronto para fazer mudanças em seus hábitos de consumo e marcas preferidas", diz. Os comerciais terminam com o slogan "Ponha Esponjaço no dia-a-dia e tire o ferro-velho da sua cozinha". Ficam no ar até novembro. O investimento foi de US$ 2 milhões. O Esponjaço já conquistou uma fatia de 5% do mercado, segundo Sérgio Duarte, 44, gerente de negócios da divisão de consumo da 3M do Brasil, que fabrica o novo produto. Duarte avalia que o setor movimenta US$ 120 milhões por ano (vendas da indústria). O Bombril detém, segundo sua avaliação, entre 86% e 88%. Em segundo lugar, aparece a Lustros, que é a segunda marca da Bombril. Juntas, diz, somam 94% do mercado. Procurada pela Folha, a Bombril nada quis declarar. Texto Anterior: Voltam os planos de médio e longo prazos Próximo Texto: Fundos de ações atraem novos investidores Índice |
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