São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994 |
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Voltam os planos de médio e longo prazos
FILOMENA SAYÃO
"Há muito tempo não se falava em planos para médio e longo prazos. Agora há planejamento até para março de 95", diz Affonso Serra Jr., da DM9. A fabricante de brinquedos Lego, ressalta, planejou sua mídia para o segundo semestre –basicamente Dia das Crianças, em outubro, e Natal, em dezembro– no início deste mês. O normal seria fazer isso no final de setembro, próximo ao Dia das Crianças. Roberto Duailibi, da DPZ, conta que a Kaiser, por exemplo, está detalhando um plano de marketing para os próximos dois anos. Antes do real, esse anunciante costumava planejar para seis meses. A Sadia, outro de seus clientes, está com um plano com prazo de um ano. "Normalmente se trabalhava para a próxima promoção em curso", relata. A Philco, cliente da F. Nazca Saatchi & Saatchi, está fazendo estratégias de lançamentos até agosto do ano que vem. "A empresa já trabalhava com algum tempo de estimativa. Mas agora existe de fato um calendário concreto, decorrente de uma possibilidade concreta de favorecimento da economia", explica Fábio Fernandes. Ele completa: "A previsão anterior ao real era para planos de publicidade para os próximos 15 a 30 dias. Agora temos a chance de fazer um trabalho com previsão para três, quatro meses." Para Paulo Salles, da Salles/DMB&B, a estabilização da economia traz mais mudanças. Ele acredita que deve voltar com força o anúncio institucional de imagem das empresas. Ao mesmo tempo, completa, diminuem os anúncios com preços dos produtos. "Haverá uma mudança na comunicação como um todo." Texto Anterior: Agências trabalham a plena capacidade Próximo Texto: Esponjaço põe infidelidade na TV Índice |
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