São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994
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Boca-de-urna no dia da eleição é proibida

DA REPORTAGEM LOCAL

A boca-de-urna, cartada final dos cabos para conseguir convencer quem deixa para escolher o candidato na última hora é proibida pela legislação.
Alguns cabos afirmam saber que o recurso é ilegal, mas que "todo mundo faz" e vale a pena arriscar para conquistar votos.
É bom ressaltar que é crime eleitoral distribuir, no dia da eleição, qualquer espécie de propaganda política, incluindo volantes e outros impressos.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, também é crime montar postos de distribuição ou de entrega de material de propaganda no dia da eleição.
A pena prevista para este tipo de crime é de um a três meses de detenção.
A lei reserva a mesma pena para quem exercer, no dia da eleição, qualquer forma de aliciamento, coação ou manifestação que possa influir na vontade do eleitor.
MicropartidosA campanha dos candidatos dos micropartidos Enéas Carneiro (Prona) e Almirante Fortuna (PSC) dispensa os cabos eleitorais e a panfletagem.
Segundo o assessor de Enéas, Hélio Codeceira a campanha do partido não inclui campanha o chamado "corpo-a–corpo".
"Usamos o rádio e a TV, que são os únicos meios para atingir milhões de pessoas."
Ele afirma que o Prona não tem uma juventude organizada através do partido.
"Mas existe um movimento independente e voluntário. Chegamos a receber telefonemas a cada 8 segundos. Muitos de adolescentes."
A campanha do almirante Fortuna também não recruta cabos. "Talvez nós contratemos cabos para trabalhar nas duas últimas semanas. Isso implica em custos e nossos recursos são modestos", diz o candidato.
Ele diz que, em sua campanha, o contato com os jovens é feito em visitas a escolas e universidades.

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