São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994
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Escritores e diretores discutem as relações entre cinema e literatura

DA REPORTAGEM LOCAL

Ciclo: Diálogos - Literatura e Cinema
Quando: às segundas-feiras, às 19h30
Onde: Centro Cultural São Paulo - Sala Lima Barreto (rua Vergueiro, 1.000, Vergueiro, zona sul)
Inscrições: gratuitas, pelo telefone 011/253-2331, ramais 365 e 362

Começa hoje o ciclo "Diálogos - Literatura e Cinema", promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Por nove segundas-feiras seguidas (à exceção do dia 3 de outubro –leia quadro ao lado), escritores, diretores e críticos de cinema vão discutir a relação entre as duas linguagens.
Diretores como Júlio Bressane, Hector Babenco e Carlos Reichenbach falarão sobre sua biblioteca particular e a importância da literatura em suas produções. Os escritores, como Lygia Fagundes Telles, Ignácio de Loyola Brandão, Haroldo de Campos, João Antonio, Moacyr Scliar e Márcio de Souza, falam sobre sua cinemateca ideal e também sobre a influência de filmes e da linguagem cinematográfica em suas obras.
No Brasil, as adaptações de romances para as telas são bastante frequentes, principalmente levando-se em conta o pequeno número de produções nacionais. O cineasta Júlio Bressane, por exemplo, realizou uma adaptação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, em 1985, e outra dos "Sermões" do padre Vieira, em 1989.
Neville de Almeida, que participa do debate do dia 19 de setembro, filmou "A Dama do Lotação" e "Os Sete Gatinhos", os dois adaptados de obras de Nelson Rodrigues. Hermano Penna, que fala dia 12 de setembro, filmou "Sargento Getúlio", de João Ubaldo Ribeiro.
O produtor Luís Carlos Barreto, no debate de hoje, é responsável por alguns dos principais sucessos do cinema nacional adaptados da literatura: "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Jorge Amado e dirigido por Bruno Barreto, e "Memórias do Cárcere", de Graciliano Ramos, dirigido por Nelson Pereira dos Santos.

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