São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994 |
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Partidos buscam voto feminino
ANTÔNIO CARLOS SEIDL
A questão feminina foi motivo de polêmica no terceiro partido mais importante, o Partido da Ação Nacional. Os temas da sexualidade, direitos ao controle de natalidade, Aids e opção sexual apareceram nos discursos dos políticos como pontos importantes das campanhas. Um dos temas mais controversos foi a legalização do aborto, um dos quesitos do plano apresentado por grupos feministas aos nove partidos que disputam a eleição. O candidato situacionista Ernesto Zedillo, do PRI, tratou o assunto com reservas e evasivas. Não descartou totalmente a possibilidade de legalizar o aborto, mas não fala diretamente sobre o assunto em nenhuma ocasião. O candidato de centro-esquerda, Cuauhtémoc Cárdenas, do PRD, se comprometeu, caso seja eleito, a realizar um plebiscito nacional sobre a legalização do aborto. Citando dados do Fundo de População das Nações Unidas, segundo os quais os avanços sociais das mulheres na véspera do século 21 foram modestos, o movimento feminista pediu aos partidos políticos maiores oportunidades e igualdade no mercado de trabalho. No México, as mulheres têm 79 cargos importantes no Poder Executivo (6,7%), 58 em escalões intermediários (5,21%) e 33 em empresas da administração pública (8,2%). (ACS) Texto Anterior: Cárdenas quer mudança no Nafta, diz assessor Índice |
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