São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 1994
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Folha, eu recomendo; FHC e o mínimo; Dinheiro da saúde; Espírito ferroviári; Cidadãos e palhaços; Desserviço público; Agressão sonora; Insensibilidade; Preço dos remédios; Voto consciente; Raul Seixas

Folha, eu recomendo
"Gostaria de parabenizá-los pela edição de domingo (14/08). Acredito que ações como esta, Folha milhão/atlas, é que fortalecem o mercado publicitário como um todo, veículo, agência e anunciante. Hoje, como a maior agência no volume de páginas de classificados da Folha e terceira em "O Estado de S. Paulo", sinto-me seguro em recomendar a Folha para novos clientes. Tenho certeza que grande parte desse sucesso o mercado vai começar a sentir nas próximas semanas."
Michel Thomaz Filho, da J. Thomaz Propaganda (São Paulo, SP)

FHC e o mínimo
"No debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes, Fernando Henrique Cardoso, para se defender das críticas que sofria pela queda do salário mínimo durante a sua gestão, alegou que o mínimo estaria agora aumentando em dólares em função da valorização do real. É inacreditável que um argumento como esse possa ser usado em uma campanha presidencial, ainda mais por um ex-ministro da Fazenda! Obviamente, o aumento do valor em dólares do mínimo desde julho resulta da desvalorização do dólar frente ao real e não pode ser usado como indicador de aumento de poder de compra nem aqui nem na China. Como sabe qualquer principiante, poder de compra se mede comparando salários nominais com um índice de preços ao consumidor. Deflacionado pelo IPC da Fipe (centrado no dia 5 do mês subsequente ao de competência), o primeiro salário mínimo em URV era 6% inferior ao observado no primeiro semestre de 1993. De março até julho, caiu mais 12%. Mesmo com o aumento previsto para setembro, o mínimo ainda estará cerca de 15% abaixo do nível registrado no semestre anterior à gestão FHC."
Paulo Nogueira Batista Jr., economista (São Paulo, SP)

Dinheiro da saúde
"Grave a afirmativa do ministro da Previdência Social, Sérgio Cutolo, em 17/08, segundo à qual o Tesouro transferiu, em 1993, US$ 9,8 bilhões para o Ministério da Saúde (MS). Isto porque este ministério diz ter gasto apenas US$ 7 bilhões (estimativa). Onde estaria, pois, diferença de US$ 2,8 bilhões? Também, na 9ª Conferência Nacional de Saúde, 1992, o MS apresentou demonstrativo de gasto entre 1987/1991 de US$ 37,1 bilhões. Meses depois, houve uma correção, sem a menor explicação pública, subindo este valor para US$ 49,6 bilhões. Há, pois, um fantasma de US$ 12,5 bilhões rondando as contas do Ministério da Saúde, equivalendo a um orçamento inteiro. Enquanto isto, o país vive, a pretexto da 'falta de recursos', uma situação calamitosa na área da saúde pública."
Marx Golgher, presidente da Câmara Técnica de Recursos e Orçamento do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Espírito ferroviário
"O jornalista Clóvis Rossi está de parabéns pelo artigo 'O trem da história' (19/08). O espírito do artigo reflete o anseio do ferroviário brasileiro, que desde a implantação da primeira estrada de ferro busca melhorar os serviços prestados à sociedade. Acreditamos que o despertar de uma vontade política, motivada por iniciativas como a do artigo citado, mudará seguramente os destinos do 'trem da história'."
Marioni Auler, gerente de Comunicação Empresarial da Superintendência Regional de Porto Alegre da Rede Ferroviária Federal S/A (Porto Alegre, RS)

Aposentadoria
"O jornalista Gilberto Dimenstein tem razão de se preocupar com o atual direito à aposentadoria para o professor universitário federal. De fato, é preciso encontrar uma fórmula legal de aposentadoria mais adequada."
Paolo Nosella (São Carlos, SP)

Cidadãos e palhaços
"O sr. Inocêncio de Oliveira, aquele dos poços, vem cinicamente na televisão e, pensando que todos os brasileiros são idiotas, declara que os salários dos deputados é só de R$ 3.000 e que no passado era de US$ 8.000. Nesta hora é que apesar de não sermos palhaços nos sentimos como tal."
Rafael Stannieder Pereira (Rio de Janeiro, RJ)

Desserviço público
"É inacreditável que a inconsequência de algumas pessoas e a maldade de outras se juntem para transtornar empresas sérias como Arisco, Tostines, Sadia etc. É desanimador saber que os órgãos públicos criados para defender a população divulgam dados precipitadamente, causando danos morais e financeiros a instituições que geram empregos, trazem divisas e contribuem com dignidade para o desenvolvimento do Brasil. Foi com grande satisfação que li a reportagem entrevistando consumidoras sobre o assunto das contaminações. É uma vitória!"
Maria Christina R. Galante (São Paulo, SP)

Agressão sonora
"Protesto veementemente contra a agressão sonora que somos vítimas através da utilização de equipamento de som de grande potência. Destaco em particular o barulho infernal das igrejas evangélicas, que invade nossa privacidade quando tentamos usufruir um merecido descanso após um dia de trabalho, assim como caminhonete de piCUTeiros, que tenta impedir os trabalhadores de trabalharem e também invadem nossos lares às 6h."
José de Oliveira Freitas (Campinas, SP)

Insensibilidade
"O combustível sobe porque subiu o dólar. Agora o dólar cai e a Petrobrás quer aumentar o preço. Pela falta de sensibilidade dos dirigentes dessa empresa, me dá impressão que eles estão operando num outro país!"
Gijo Kikuti (São Paulo, SP)

Preço dos remédios
"Há alguns meses, foi-me receitado o medicamento Floxacin, da Merck Sharp & Dohme. Recentemente, outro médico me receitou o antibiótico Respexil, da Prodome Química e Farmacêutica Ltda. Ao guardar os vidros, notei que os comprimidos possuem o mesmo formato e o mesmo número 705. Verifiquei no rótulo que eles são produzidos pela mesma fabricante, a Prodome, e possuem o mesmo componente –400 mg de norfloxacino. Dirigi-me à farmácia mais próxima e me informaram que a lista de preços acusa os preços de R$ 14,23 para o Floxacin e R$ 16,38 para o Respexil, chegando à conclusão de que o próprio fabricante está vendendo o remédio mais caro do que o laboratório para quem também é fabricado e o revende com outro nome."
Roberto Antonio Cera (Piracicaba, SP)

"Voto consciente"
"Em época de eleições o assunto é política. Tenho observado que nenhum órgão de imprensa tem esclarecido o 'voto consciente'. O eleitor deposita na urna a esperança de não 'perder' o voto, e nunca em eleger o candidato com maior potencial."
Valdenir dos Santos Silva (Apucarana, PR)

Raul Seixas
"Gostaria de lembrar que em 21/08 fez exatamente cinco anos que perdemos Raul Seixas, o pai do rock brasileiro. Não há espaço para falar das suas qualidades... Se o rock nacional tem uma história, essa começa obrigatoriamente com o maluco beleza."
Humberto Costa (Bauru, SP)

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