São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sindicatos fazem restrições

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas federações que representam 90 mil funcionários do sistema Telebrás –a Fenatel, ligada à Força Sindical, e a Fitel, ligada à CUT– ainda não têm posição clara sobre as recentes decisões da Telebrás.
A Fitel (Federação Interestadual dos Telefônicos) informa que só admitirá as parcerias se concluir que elas não ameaçam o monopólio estatal.
Cláudio Dutra, diretor da entidade, diz que o monopólio estará quebrado se as empresas privadas se tornarem proprietárias de redes de transmissão, ainda que a operação permaneça com as estatais.
Para a Fitel, a Telebrás só poderá se associar com empresas privadas na área de satélites, por exemplo, se a estatal for controladora do projeto.
A Federação diz que se os projetos implicarem transferência de controle para o setor privado ela recorrerá à Justiça, a exemplo do que fez em 1991 com a telefonia celular privada.
A Fenatel (Federação Nacional dos Telefônicos), filiada à Força Sindical, também vê com reservas a decisão da Telebrás.
Segundo Almir Muniz, diretor de relações sindicais da Federação, as estatais têm condição de atender o mercado sozinhas, desde que o governo as libere para investir.
Aluguel
Os dois milhões de telefones que a Telebrás vai instalar em parceria com a iniciativa privada não serão vendidos, apenas alugados aos usuários.
A informação é do diretor de planejamento e engenharia da Telebrás, Guido Fregapani. Segundo ele, depois de iniciada a instalação a entrega da linha demora pelo menos três meses.
"Só então o usuário começa a pagar o aluguel", explica. O prazo dos contratos de aluguel será acertado entre o cliente e a concessionária (em São Paulo, a Telesp).
O valor do aluguel varia de acordo com o bairro. Em São Paulo, vai de R$ 49,00, em Alphaville, a R$ 139,00, no Jaraguá.
Colaborou a FT

Texto Anterior: Empresas apóiam parceria com Telebrás
Próximo Texto: BC prepara mudança no cálculo da TR
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.