São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 1994 |
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Saiba por que tarifa congelada sobe 10%
GABRIEL J. DE CARVALHO
Na composição do IPC-r (ver acima), transporte público (como ônibus e trens urbanos) aparece com alta de nada menos que 10,74%, embora as passagens estejam fixas desde 1º de julho. Isto ocorreu por um motivo muito simples: o IPC-r de agosto comparou preços médios coletados de 15/7 a 15/8 com preços médios de 16/6 a 14/7. Este método, usual em qualquer pesquisa, fez com que o reajuste das passagens de ônibus na virada para o real continuasse tendo influência no IPC-r de agosto. Imagine que quatro coletas de preços de passagem de ônibus entre 16 de junho e 14 de julho indicassem o seguinte: 0,40 URVs, 0,39 URVs, R$ 0,50 e R$ 0,50, a tarifa mantida até hoje. A média foi R$ 0,4475. Divida 0,50 por 0,4475 e chegue a uma taxa de 11,73%. Na medida em que a pesquisa avança no tempo, os efeitos das remarcações do final de junho tendem a desaparecer dos índices, que também passam a captar as quedas de preços registradas até agora, por exemplo, na cesta básica Procon/Dieese. No IPC da Fipe, medido só em São Paulo, produtos "in natura" apareciam com 2,74% de alta na primeira quadrissemana de julho. A geada desencadeou uma escalada de reajustes que levou esta taxa a 42,27% na 2ª quadrissemana de agosto. Na 3ª quadrissemana já havia caído para 33,79%. O IPC-r também tem características próprias por abranger 9 regiões metropolitanas e 2 capitais. No índice de agosto, hortaliças apresentam aumento de 45,69% em São Paulo e deflação de 0,95% no Distrito Federal. Texto Anterior: QUANTO SUBIRAM OS PRINCIPAIS ITENS DO IPC-R Próximo Texto: Para cada índice, uma inflação Índice |
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