São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 1994
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Tiro pela culatra

Antes de ser o atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca foi deputado estadual. Certo dia, ele entrou no plenário da Assembléia no momento em que outros dois deputados iniciavam um bate-boca.
Um deles discursava da tribuna, enquanto o outro, postado a poucos metros, retrucava em voz alta.
Greca parou para ouvir. A troca de acusações e insultos foi ficando cada vez mais pesada. Até que o deputado que rebatia o discurso do desafeto puxou um revólver.
Diante da perspectiva da tragédia, Greca foi em direção ao homem que brandia a arma e pediu calma. Não teve sucesso.
Confiando em que o deputado armado jamais atiraria no filho de um de seus melhores amigos, Greca apelou: enfiou o dedo indicador no cano do revólver. Perplexo, o deputado desistiu da ameaça.
No dia seguinte, os jornais deram fotos enormes do episódio e houve grande repercussão. Greca procurou o deputado que sacara o revólver e brincou:
– As pessoas gostaram tanto da minha atitude que vou propor um trato: você saca a arma uma vez por semana, eu impeço o tiro e garanto a minha reeleição!

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