São Paulo, sábado, 3 de setembro de 1994
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Preços nos supermercados sobem 2,05%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Na última semana de agosto, o reajuste médio de preços nos supermercados paulistanos eliminaram o efeito de todas as quedas das semanas anteriores do mês. O aumento foi de 2,05%, enquanto a queda acumulada até a terceira semana do mês era de 1,9%.
Nos hipermercados, foi mantida estabilidade. Os preços caíram 0,21%, em média, após alta de 0,57% na semana imediatamente anterior. Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços de 96 itens em 12 supermercados e 12 hipermercados de São Paulo.
Firmino Rodrigues Alves, da Associação Paulista de Supermercados, acha "estranhos" os dados referentes a supermercados. "Estamos em uma guerra de preços e não há espaços para aumentos", afirmou.
A própria Folha trouxe na edição de quinta-feira publicidade de cinco redes de supermercados diferentes fazendo promoções, disse.
A cesta básica do Datafolha também registrou aceleração de preços na última semana de agosto: mais 2,37%. A pressão veio basicamente dos produtos "in natura". Houve altas de até 24,66%, caso da batata.
O valor atual dos 23 itens pesquisados pelo Datafolha –apenas alimentos básicos– retornou ao mesmo patamar de 1º de julho.
Em contrapartida, a cesta do Procon/Dieese, que não inclui hortifrútis, manteve tendência de queda e registrou ontem R$ 97,13, o menor valor médio desde 31 de maio. No mês de agosto houve queda de 4,15%.
A pesquisa do Datafolha nos supermercados mostrou que, além dos produtos "in natura", houve reajustes nos setores de alimentos industrializados, produtos de limpeza e de higiene.
Entre os industrializados, palmito e achocolatados lideraram as altas (12% e 9%, respectivamente).
No grupo dos produtos de higiene, xampu teve a maior alta (8,2%). No de limpeza, detergente líquido lidera a alta (5,8%).
Os preços atuais continuam abaixo dos praticados no final de junho, na chegada do real. Os supermercados praticam atualmente preços 4% menores que os do final de junho, enquanto nos hipermercados a queda é de 7%.

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