São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994
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Cresce distância entre Tuma e Erundina

VINICIUS TORRES FREIRE
DA REPORTAGEM LOCAL

Romeu Tuma (PL), candidato ao Senado por São Paulo, abriu a maior distância sobre Luiza Erundina (PT) já registrada pelas pesquisas Datafolha.
Em levantamento realizado em 29 e 30 de agosto, Tuma alcançou 29%, contra 23% da ex-prefeita de São Paulo.
Considerando o último levantamento Datafolha, nos dias 8 e 9 de agosto, Tuma passou de 26% para 29% e Erundina caiu de 25% para 23%. José Serra (PSDB) lidera no Estado, com 34%.
Tuma obtém as maiores vantagens entre os eleitores mais velhos, que ganham até cinco salários mínimos (27% a 18%) e entre os homens (32% a 23%). Ainda não escolheram seus senadores 21% das mulheres de São Paulo.
Queda do PT
Além da queda de Erundina, o PT sofreu outras baixas. Hoje o partido garantiria apenas dois senadores, contra três certos e dois com chances na última pesquisa (e outros dois com chances).
A centro-esquerda, que segundo a pesquisa anterior (dias 8 e 9 de agosto) elegeria de 14 a 17 senadores, aumentou suas chances. Podem obter de 15 a 19 cadeiras, agora com predominância do centro devido a queda petista.
Outros Estados
Benedita da Silva (PT-RJ) se elegeria com 36%. Nélson Carneiro (PP), com 27%, ocuparia a segunda vaga do Rio. Outro petista hoje garantido seria Virgílio Guimarães, no segundo lugar em Minas com 20%. Guimarães perdeu a liderança para Francelino Pereira (PFL), com 24%.
Lauro Campos (PT-DF), perdeu três pontos e agora está empatado em 33% com José Roberto Arruda (PP), que subiu cinco pontos. Márcia Kubitschek (PP), lidera com 35% no Distrito Federal.
Em Pernambuco, o PPS pode eleger seu primeiro senador. Roberto Freire lidera com 34%. Carlos Wilson (PSDB), o segundo colocado, subiu cinco pontos e está com 29% das intenções de voto.
O PRN do ex-presidente Fernando Collor pode eleger Tony Garcia no Paraná. Garcia, 26%, e Osmar Dias (PP), 27%, disputam a segunda vaga do Estado. A primeira deve ficar com Roberto Requião (PMDB), que está com 66%.
No Distrito Federal e em 11 Estados pesquisados, os candidatos com a situação mais tranquila, além de Requião, são Iris Rezende (PMDB-GO) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), 58%.
Em Goiás, Rezende tem 41 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Paulo Roberto (PPR). ACM caiu dois pontos, mas ainda livra uma vantagem de 20 pontos sobre Waldir Pires (PSDB).
Vilson Kleinubing (PFL-SC) teve a maior queda nas intenções de voto registrada pelo Datafolha. Perdeu seis pontos, mais ainda lidera com 41%. O segundo colocado, Casildo Maldaner (PMDB) subiu dois e alcançou 30%.
No Rio Grande do Sul, onde ocorria uma das disputas mais acirradas pela segunda vaga, César Schirmer (PMDB) subiu para 21% e começa a se distanciar de seus adversários Aldo Pinto (PDT), 17%, e Raul Pont (PT), 12%, em queda. José Fogaça (PMDB) lidera com 41%.

A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem estratificada, com sorteio aleatório de entrevistados. O conjunto da população eleitora do Estado é tomado como universo da pesquisa e dividido inicialmente em três subuniversos distintos: capital, outras cidades da região metropolitana e interior.
Em cada subuniverso –que na composição total da amostra participa com seu peso eleitoral–, os municípios são agrupados de acordo com a localização geográfica e o nível sócio-econômico. Dentro de cada grupo são sorteados municípios estratificados pelo tamanha de seu eleitorado.
O levantamento foi realizado nos dias 29 e 30 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antônio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi, tendo como assistentes Mauro Francisco Paulino, Emilia de Franco e a estatista Renata Nunes Cesar. A direção comercial é de Eneida Nogueira e Silva. O levantamento de dados primários é coordenado por Ailton Gobira, Branca Lima, Magda Ribeiro e Mauro Carreão. A sistematização dos dados secundários é feita por Wilson Aganhathios Chammas, Sávio Nascimento, Márcia Cintra e Arthur Kieling Neto. A coordenação da amostra é feita por Paulo Levi.

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