São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994
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Moradores evitam o assunto

EUGÊNIO NASCIMENTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITABAIANINHA

Embora evitem falar do assunto, os anões de Itabaianinha (106 km de Aracaju-SE) admitem a ocorrência de casamentos consanguíneos.
Alguns deles contam que há mais de cem anos um circo vindo da Europa ou do sul do Brasil teria passado pela região e deixado algumas famílias de anões.
"Não sei se isso é verdade, mas se comenta muito essa hipótese", afirmou João Nascimento da Cruz, 50 anos e 1,18 metro de altura.
Pesquisadora
A pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) Carmela Ferrari, não descarta a hipótese. Mas garante que a reprodução dos anões "é consequência dos casamentos entre parentes muito próximos, como primos carnais", afirma Carmela.
Josefa Fonseca Dantas, 57 anos e 1,15 de altura, afirma que a história do circo "é invenção".
Ela diz ser "temente a Deus". "É melhor ser anão do que cego ou aleijado", afirmou.
Os pais de Josefa são primos. Eles não são anões. A irmã de Josefa, Maria Fonseca, tem 1,60 m de altura.
(EN)

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