São Paulo, segunda-feira, 5 de setembro de 1994 |
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Clássico decepciona e fica no 0 a 0
WILSON BALDINI JR.; MÁRIO MOREIRA
Excesso de individualismo e falta de finalização impedem gols de São Paulo e Portuguesa MÁRIO MOREIRA e WILSON BALDINI JR. O individualismo do São Paulo e a falta de finalização da Portuguesa colaboraram para o empate sem gols no clássico disputado ontem no Canindé. Com este resultado a Portuguesa completou uma invencibilidade de 24 partidas jogadas em seu estádio. A última derrota foi dia 15 de setembro do ano passado, 2 a 1, para o América mineiro. Na partida de ontem, os dois setores de meio-campo mostraram grande deficiência na marcação. Isto proporcionava espaços para os atacantes. Pelo lado do São Paulo, os meias Juninho e Aílton exageravam no individualismo. Já os meio-campistas Márcio Griggio, Simão e, o atacante, Paulinho, da Portuguesa, pouco finalizavam. As equipes procuravam ultrapassar o bloqueio defensivo pelas laterais do campo. A Portuguesa explorou a fragilidade técnica do lateral-esquerdo são-paulino Murilo, com avanços do lateral-direito Zé Carlos, ajudado pelo apoio do atacante Tiba. No São Paulo, o experiente Alemão, 32, ajudava o lateral-direito Pavão e o ponta Catê no ataque. Principalmente após a saída de Juninho, machucado, ainda na primeira etapa. No 2º tempo, o técnico Cassiá inverteu a maneira de atacar e o lateral-esquerdo começou a ser mais acionado. O atacante Tiba também se posicionou deste lado e começou a explorar a falta de cobertura do lateral Pavão. Um exeplo disso, foi o lance que envolveu o zagueiro Gilmar, do São Paulo, e o atacante Tiba. Driblado por Tiba, Gilmar tocou com a mão na bola dentro da área. "A bola bateu no meu braço. Não tive a intenção de fazer o pênalti", disse o zagueiro. "A bola já havia passado por ele", rebateu Tiba. Tiago, que entrou no lugar de Juninho, não fez corretamente sua função e sobrecarregava na marcação o volante Doriva. Sem Juninho e com Alemão muito cansado, o técnico Telê Santana recuou o meia Aílton para armar as jogadas do São Paulo. Com os dois meio-campos falhos na marcação, as duas equipes foram acumulando chances para marcar. Mas a boa atuação do goleiro Zetti e as falhas de finalização mantiveram o placar sem gols no clássico. Próximo Texto: Equipes têm alto índice de erros nos passes Índice |
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