São Paulo, sexta-feira, 9 de setembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PMDB, PDT e PT se unem contra tucano

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

As acusações de uso da máquina do governo federal em benefício da candidatura do PSDB à Presidência fizeram com que PT, PMDB e PDT decidissem, no Rio, atuar em conjunto para viabilizar suas ações na Justiça Eleitoral.
Os representantes dos três partidos se dizem preocupados com a "lisura das eleições". O coordenador jurídico do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh, disse que o grupo quer que o Tribunal Superior Eleitoral "deixe de ser um poder moderador" e puna as infrações à lei.
O PPR enviou o advogado Célio Silva à reunião, mas a adesão ao grupo será decidida pelo seu candidato, Esperidião Amin.
O PT, PMDB e PDT ingressaram no TSE com ações visando impugnar a candidatura à Presidência de Fernando Henrique.
As ações são baseadas nas declarações do ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero sobre o apoio do governo a FHC.
O representante do PDT, Carlos Roberto Siqueira Castro, disse que, além de Ricupero, o ministro Alexis Stepanenko apoiou Fernando Henrique de forma irregular.
Segundo ele, os casos de Ricupero e Stepanenko demonstraram a existência de "crime eleitoral de abuso de autoridade".
Siqueira Castro afirmou que, em ação protocolada no TSE, o PDT pediu a suspensão da Globo por 24 horas e o "monitoramento de sua programação".
O representante do PMDB, Marcelo Cordeiro, disse que, além de acompanhar as ações já protocoladas, os três partidos poderão, em conjunto, dar entrada em outras na justiça eleitoral.
Os três partidos decidiram manter uma "vigília permanente" e promover outras reuniões. A próxima será em São Paulo.

Texto Anterior: Para tucanos, Fleuy articula contra Covas
Próximo Texto: Quércia tenta atrair CUT para estimular campanha
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.