São Paulo, sexta-feira, 9 de setembro de 1994
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Quércia tenta atrair CUT para estimular campanha

Central recebe peemedebista de olho no segundo turno

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PMDB à Presidência, Orestes Quércia, tentou ontem, mais uma vez, obter oxigênio para sua campanha ao reunir-se com Vicente Paulo da Silva, o líder da CUT, central sindical ligada ao PT.
O tiro do peemedebista, porém, saiu pela culatra.
Quércia buscava apoio para a defesa que passou a fazer, nos últimos dias, de 12% de reposição salarial –a inflação do real em julho e agosto. Nas pesquisas, Quércia está estacionado em 5% das intenções de voto.
Vicentinho recebeu o peemedebista, mas fez questão de dizer que vota no candidato do PT, Lula, e que a luta pelos 12% já era bandeira da CUT.
Segundo ele, o reajuste mensal da inflação, que os metalúrgicos recebiam desde setembro de 1993, foi suspenso pelas empresas com o Plano Real.
Partiu de Quércia a iniciativa do encontro. A cúpula da CUT achou melhor recebê-lo. Os dirigentes da central avaliam que, em eventual segundo turno, Lula pode contar com apoio de bases peemedebistas.
O "12% já" tornou-se a tábua de salvação de Quércia para tentar evitar o naufrágio final de sua candidatura.
Embora bata nessa tecla, 60 cabos eleitorais de comitê quercista em São Miguel Paulista (zona leste de São Paulo) protestaram ontem pelo não-pagamento de R$ 100, referentes a panfletagens de agosto.
À tarde, Quércia participou da abertura do 3º Congresso Nacional da CGT (Central Geral dos Trabalhadores), em Serra Negra (150 km ao norte de São Paulo). Ele recebeu o apoio da maior parte dos 1.370 delegados da central.
O candidato disse apoiar a reivindicação da CGT, que também pede 12% de reposição da inflação de julho e agosto.
Colaborou a Folha Sudeste

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