São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994
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Aprovação ao plano cai 4 pontos e volta ao nível de 30 de agosto

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

A aprovação dos eleitores ao Plano Real caiu de 80%, em 5 de setembro, para 76%, número verificado na pesquisa Datafolha feita na última sexta-feira, 9. Continuam sendo 9% os eleitores que consideram o plano ruim.
A aprovação voltou ao nível observado em 30 de agosto, antes do episódio Ricupero. O caso, surpreendentemente, coincidira com um crescimento da avaliação positiva do real.
Agora, uma semana depois do episódio, a aprovação ao plano volta a exibir estabilidade. O índice permanece praticamente inalterado desde o início de agosto.
O número dos que consideram que o plano "foi feito para o bem do país e terá efeitos duradouros" permaneceu em 57% nas duas pesquisas da semana passada.
Pesquisa feita em 5 de julho, no lançamento do Plano Real, indicava que 55% dos eleitores consideravam o real duradouro e não eleitoreiro. Ou seja, essa avaliação permaneceu estável em dois meses de real.
Houve entretanto variação no número de eleitores que consideram o plano eleitoreiro, com a única finalidade de eleger FHC. Era de 35% em 5 de setembro, agora é de 29%.
Entre eleitores de Lula, caiu ligeiramente o número dos que aprovam o plano, de 67%, em 5 de setembro, para 64% na última pesquisa. Mas aumentou o número dos que consideram o plano duradouro e não eleitoreiro (de 26% para 34%).
Os melhores índices de aprovação ao plano estão na região Nordeste (79%), nos municípios pequenos (80%), nos eleitores que têm até segundo grau (78%), que ganham entre 5 e dez mínimos (80%) e que têm entre 16 e 24 anos (79%).
Os homens (80%) gostam mais do plano do que as mulheres (72%).
Os eleitores que se declaram pessoalmente beneficiados com o Plano Real são 58%, estável em relação a pesquisa feita entre 16 e 18 de agosto.
Também permanece estável o número dos eleitores que se sentem prejudicados (14%). Para 24% o plano é indiferente e 4% não souberam responder.
Como na tendência verificada para a avaliação geral ao plano, são os eleitores do interior e dos pequenos municípios que mais se sentem beneficiados (60% e 62%).
Entre eleitores de Lula, 42% se consideram beneficiados pelo plano e 25% se dizem prejudicados. Para 29%, o plano é indiferente e 4% não souberam responder.
O Datafolha entrevistou 10.560 eleitores, em 255 municiípios de todas as unidades de federação, icluindo todas as capitais.

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