São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994 |
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Presos especiais usam serrotes no 'quarto' Celas do 91º DP são equipadas com TVs e geladeiras MAURICIO STYCER
Poderia ser o início de um motim, mas se trata apenas da construção de uma nova escrivaninha para uso dos presos. Os próprios detentos se encarregam da obra –assim como dos demais melhoramentos: chuveiros, pias e instalações de cozinha. Eles são chamados de "presos especiais". Em São Paulo, o 91º DP e 81º DP são as duas delegacias aptas a receber homens com diploma superior detidos ou já condenados aguardando o julgamento de recursos judiciais. No 91º DP, 15 presos (há 16 vagas) se dividem em quatro celas. Têm camas, TVs, geladeiras e ventiladores em seus "quartos". Podem ser visitados diariamente por familiares e têm direito, também todo dia, ao "banho de sol". "É uma cadeia onde não existe pretensão de fuga", diz Darci Sássi, delegado-titular do 91º DP, escudado numa estatística irrefutável: zero fugas desde 89, quando a cadeia foi aberta. "Isso aqui é um familião. Você pode ficar aqui o dia inteiro que não ouve um palavrão. Não tem cheiro de cadeia", diz o chefe da carceragem, Ariodan Capovilla. Texto Anterior: Bar da Fiesp evita mostrar uísque escocês Próximo Texto: 'Todo mundo quer decolar junto em Cumbica' Índice |
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