São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994
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Bar da Fiesp evita mostrar uísque escocês

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Por respeito a alguns de seus frequentadores, um bar em São Paulo não gosta de revelar que vende uísque escocês. Prefere dizer que só serve uísque nacional.
Trata-se do bar da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), frequentado, entre outros, por fabricantes de bebidas.
Instalado no 16º andar do famoso prédio, o bar da Fiesp abre, de segunda a sexta, das 18h às 21h.
Na realidade, há dois bares –ambos reservadíssimos– no topo do edifício. O mais conhecido, com vista para as zonas oeste e sul da cidade, é utilizado pelos diretores da instituição e convidados.
Tem seis mesas, três grandes sofás e um bar em "L" –o que resulta num conjunto pouco moderno, em estilo colonial.
Um segundo bar, com vista para a avenida Paulista, é de uso exclusivo do presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira. É um bar pequeno, para até oito pessoas.
O maior movimento ocorre às segundas, dia da reunião da diretoria-executiva da Fiesp. Entre 60 e 70 empresários costumam "esticar" no bar após essa reunião.
Qualquer que seja o dia, um pedido supera os demais: o pastelzinho de carne e queijo do bar.
Os usuários pagam apenas pelas bebidas (o uísque de primeira linha custa R$ 1,63 a dose).
"Trabalhar aqui é bom. A clientela é mais tranquila, calma. É muito melhor do que trabalhar em restaurante de rua", diz o garçom Florêncio Bandeira de Andrade.

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