São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994 |
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Palmeiras é 'campo fértil', acha Wágner Lateral-esquerdo quer chegar à seleção MÁRIO MOREIRA
Wágner Alves dos Anjos, 20, é paulista da capital. Apesar da pouca idade, já possui um título de que se orgulhar: o do Campeonato Mundial de Juniores, conquistado pelo Brasil em 93 na Austrália. Na ocasião, Wágner era o titular da equipe, mas, devido a uma contratura muscular na coxa direita, não pode atuar na semifinal e na final. Nesta entrevista, o lateral falou de sua expectativa em estrear no Palmeiras e de seu estilo de jogo. Revelou-se, também, mais um atleta de Cristo.(MMo) Folha - Você está preparado para enfrentar o Internacional? Wágner - Não estou 100% fisicamente, porque há dois meses não jogo. Mas a vontade de entrar no time é grande. Folha - Pelo que você já observou do Palmeiras, acha que terá alguma dificuldade em se adaptar ao time? Wágner - Acho que não vou ter muito problema, porque é um time experiente, em que um jogador ajuda o outro. Na primeira vez que treinei aqui, fui bastante ao ataque para mostrar jogo. Mas o professor Wanderley me disse que era para esperar o momento certo de avançar. Folha - Então, você é um lateral que gosta de apoiar? Wágner - Meu forte é a marcação, mas os laterais modernos têm que saber atacar. Na minha estréia no time principal do Juventus, este ano, contra o Marília, até marquei um gol. Folha - Como foi esse gol? Wágner - O nosso ponta-esquerda, o Claudinho, fechou para o meio e eu fiz a ultrapassagem pela ponta. Quando ele chutou para o gol, a bola bateu num zagueiro e sobrou para mim, no alto. Atirei para o gol sem deixar a bola quicar. Folha - Acredita que, na sua estréia no Palmeiras, também poderá marcar? Wágner - Se Deus me ajudar, sim. Folha - Você já conquistou um título importante pela seleção brasileira de juniores. Chegar à seleção principal está nos seus planos? Wágner - Esse é o meu sonho. Se plantar coisas boas, vou colher coisas boas. E o Palmeiras é um campo fértil para plantar. Folha - Você é religioso? Wágner - Sou atleta de Cristo e frequento a Igreja Universal do Reino de Deus. Para mim, em primeiro lugar, está Deus. Em segundo lugar, a família. Só depois vem o futebol. Folha - Seus pais costumam acompanhá-lo aos estádios? Wágner - O meu pai, Jubilino, é paralítico, mas já falou que está com vontade de ir ao jogo contra o Internacional. A minha mãe, Cleonilda, sempre ia me ver quando eu jogava no Juventus. Antes, ela nem gostava de futebol. Agora, por minha causa, é a maior paixão dela. Texto Anterior: Internacional tem desfalque no meio-campo Próximo Texto: Portuguesa tenta vencer 1ª fora de casa Índice |
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