São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994
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Estado culpa governo federal

DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo, Celso Giosa, culpa o governo federal pela crise enfrentada pela empresa durante o governo Fleury.
Giosa afirma que o Palácio do Planalto está retendo US$ 700 milhões que seriam destinados ao metrô paulistano. Esse dinheiro seria usado para concluir os 11 km de obras paradas e para comprar 22 novos trens.
Segundo Giosa, o empréstimo teria sido aprovado "tecnicamente" pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Faltaria a aprovação política para ser liberado.
Giosa afirma que a União financia obras menos importantes e tecnicamente "discutíveis", como o metrô de Brasília. "Essa obra não se justifica", disse.
Para Giosa, a gestão Fleury compensou a falta de recursos com a melhora da qualidade dos serviços prestados e com a modernização administrativa do metrô.
O Metrô foi a primeira estatal paulista a adotar um Programa de Qualidade Total, há dois anos. Segundo a empresa, cerca de 3.500 dos 8.500 funcionários já foram treinados para "atender melhor o usuário".
"Em qualquer bairro o metrô é desejado, porque oferecemos um transporte de alta qualidade, rápido, seguro e confiável", disse.
O metrô paulistano tem a melhor imagem entre os usuários de transportes coletivos da cidade. Na última pesquisa da Associação Nacional dos Transportes Públicos, obteve avaliação de 95 pontos positivos, contra 11 pontos positivos dos ônibus municipais.
Para Giosa, outra prova da "qualidade e eficiência" do metrô de São Paulo foi a disposição do Banco Mundial em financiar parte da quarta linha –Consolação-Butantã. "Será a primeira vez que o Banco Mundial financiará um metrô no mundo".

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