São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994
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'Lula agora virou dedo-duro'

DA REPORTAGEM LOCAL

FHC disse ontem que seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "agora virou dedo-duro".
A declaração foi feita quando FHC comentava o fato de Lula ter acusado o ministro da Fazenda, Ciro Gomes, de ter inviabilizado o acordo entre empresários e metalúrgicos.
"O Lula está acusando todo mundo. Agora virou dedo-duro. O que eu vou fazer?", perguntou.
FHC tentou jogar a greve contra o real e defendeu a atuação do governo no episódio. "Todo mundo está vendo que que essa greve tem propósito de criar alguma dificuldade para o plano", disse.
"O momento é muito delicado, e o governo está com muita atenção sobre isso", completou.
Minutos depois, FHC tentou minimizar o efeito político da greve. "O Brasil tem milhões de trabalhadores, só 70 mil pararam. Acredito que seja uma coisa circunstancial e não dou atenção tão grande a isso, não", disse.
FHC afirmou que a greve "é um direito do trablahdor, mesmo quando tem motivações políticas". Disse, no entanto, que "não é momento de se generalizar a demanda por reposição salarial fora das data-base das categorias, senão teremos de novo inflação".
O tucano interrompeu a gravação de seu programa político de TV para almoçar ontem no restaurante Massimo, nos Jardins.
Almoçou acompanhado pelo empresário e ex-ministro do governo Sarney, Roberto Gusmão, pelo jornalista Mino Carta e pelo presidente da Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia, José Oswaldo Galvão Junqueira.
Ao final do almoço, FHC conversou rapidamente com o economista André Lara resende, um dos formuladores do Palno Real, e com o economista Luiz Carlos Bressr Pereira, coordenador financeiro da campanha tucana. Ambos almoçaram em outra mesa.
FHC comeu picanha com ervas aromáticas e espaguete com tomate e manjericão.

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