São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994 |
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Cohab derruba 80 casas construídas por sem-teto
LAURA MULLER
A liminar para a desocupação foi concedida pela juíza Maria Adelaide de Campos França, da 9ª Vara da Fazenda Pública. As 80 famílias que já moravam no local foram obrigadas a deixar suas casas por 120 PMs e 60 homens da tropa de choque. Não houve resistência. Alguns moradores se revoltaram e destruíram a sede de dois clubes instaladas no terreno. A desocupação começou às 6h, quando os moradores foram forçados a abrir caminho para os tratores. Só um morador entrou em confronto com policiais. Edílson Henrique Mineiro, 20, tentou impedir a destruição da primeira casa e foi levado ao 103º DP. Ele foi liberado em seguida. O advogado Rildo Marques de Oliveira, 28, que representa os moradores, disse que tentou negociar com a Cohab o adiamento da desocupação, para que os moradores conseguissem recuperar parte do material de construção. Cada casa, com 12 m2, saiu por R$ 160,00. A assessoria de imprensa da Cohab disse que a companhia não negocia com "invasores" e que não havia como adiar a desocupação porque a área será destinada à construção de prédios. Texto Anterior: Supermercados levam multa por falta de higiene Próximo Texto: Leitor reclama de aumento nas prestações de seu apartamento Índice |
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