São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994
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Gênero teve ápice nos anos 70

GABRIEL BASTOS JUNIOR
DA REPORTAGEM LOCAL

O rock progressivo surgiu no final dos anos 60 e tomou impulso na Europa nos anos 70. Era uma resposta (afirmativa) de músicos com formação erudita a toda a onda de psicodelismo que tomava conta da cultura pop na época.
Os progressivos criaram o "rock cabeça", que além de impressionar a crítica com seu virtuosismo, atingiu bons resultados de público com bandas como o próprio Yes, Genesis, Pink Floyd, Jethro Tull e King Crimson (considerado o precursor do gênero) –todas elas inglesas.
A história mudou em 1976, quando o punk surgiu com a teoria dos três acordes (que seriam suficientes para se fazer rock).
Rock passou a ser atitude em vez de música e o progressivo foi dado como morto.
O lançamento de "Talk", novo álbum do Yes que comemora os 25 anos da banda (e sua turnê internacional), não é prova isolada de que o progressivo ainda está vivo.
O gênero, para começo de conversa, ainda influencia muitos grupos. Larry Lalonde, guitarrista do Primus, por exemplo, diz que se o som da banda tem a ver com alguma coisa, é com o progressivo.
Além disso, várias bandas clássicas continuam em atividade. O melhor exemplo é o Pink Floyd, que recentemente lançou o LP "The Division Bell".
Muita gente se nega a escutar a banda desde a saída do baixista Roger Waters, mas David Gilmour (guitarrista que substituiu Syd Barret em 1968) vem segurando a peteca desde "A Momentary Lapse of Reason" (1987).
O trio Emerson, Lake and Palmer (de 1970), um dos grupos mais transgressores do rock progressivo, se separou em 1979.
Voltou à ativa em 1991, gravou "Black Moon" em 1992 e esteve no Brasil ano passado durante uma turnê internacional.
O Marillion (espécie de irmão caçula dos progressivos, já que só surgiu na década de 80) lançou, no início do ano, o álbum "Brave".
O disco é classificado pelo vocalista Steve Hogarth (que substituiu o cultuado Fish em 1989) como o "mais progressivo que se viu nos últimos anos".

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