São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994 |
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Verão moderno é de G e Reinaldo
ERIKA PALOMINO
Há que se lembrar que os mesmos modernos poderão sofrer um pouco, caso o calor ganhe o adjetivo espartano. Pessoalmente, acho que essas roupas valem qualquer suadouro. Impossível novamente não comparar as coleções do casal. Como denominador, um impressionante trabalho de tecidos. Se Gloria privilegia o corte e o acabamento, numa coleção inteligente e formalmente acessível a todos os tipos físicos, Reinaldo Lourenço investe mais nas possibilidades cada vez mais avançadas da tecnologia têxtil e demonstra mais desenvoltura. Específicos pontos em comum: as estampas de rosas, o uso do smoking (trabalhado com mais inteligência por Gloria, que desdobrou a peça em vestidos, mínis, calças e casacos), motivos de onças e tatus retrabalhados com brilho, a sexy e agressiva estética das fotos de Helmut Newton. Cada um com suas interpretações. Gloria faz o que ela chama de antropofagia na moda ao mostrar desde elementos como as estampas de penas indígenas, delicadas inspirações orientais e o máximo do glitter. Investiu no novo comprimento (pelo joelho) e valorizou com sabedoria ombros e costas. Texto Anterior: Arts Florissants resgata artifícios de Charpentier Próximo Texto: Corman organiza sua temporada no inferno Índice |
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