São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 1994
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Porto de Recife perde R$ 24 mil com greve

DA AGÊNCIA FOLHA E DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro dia da greve dos portuários de Recife (PE) paralisou ontem as operações de carga e descarga de navios.
Segundo o administrador Carlos Vilar, com o movimento, o porto deixou de faturar ontem R$ 24 mil.
Os três navios atracados não puderam movimentar suas cargas de milho, cevada, ferragens e óleo.
A paralisação, que é por tempo indeterminado, atingiu 100%, segundo o Sindicato dos Servidores Administrativos do porto.
Vilar confirmou que não houve operações de carga e descarga. O setor administrativo, disse, funcionou com 30% de seu efetivo.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 56,08% mais a reposição da inflação em real. O porto oferece reajuste de 3,8%.
Na tentativa de acabar com o impasse, Vilar entrou com um pedido de julgamento do dissídio.
Segundo o administrador, existem 417 servidores contratados pelo porto em Recife e cerca de 1.200 trabalhadores avulsos.
Em Florianópolis (SC), os funcionários da Celesc (Companhia de Eletrificação de Santa Catarina) decidiram ontem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira.
Os 5.700 empregados da empresa estão em data-base. Eles reivindicam reajuste salarial de 120%. A empresa, segundo o sindicato dos trabalhadores, ofereceu 21%.
Em São Paulo, os bancários da Caixa Econômica Federal realizaram ontem a leitura de manifestos com paralisações de 10 minutos nas maiores agências da cidade, segundo Maurício Alvim, presidente da Apcef.
Os cerca de 50 mil manifestos distribuídos a 500 agências da CEF no Estado acusam o Plano Real de eleitoreiro e "candidatos" de usarem a máquina do governo para se eleger.
Os funcionários da CEF no Estado resolveram não parar as agências por uma hora hoje para organizar uma paralisação maior no dia 21 ou 22. A CEF, segundo Alvim, recuou da decisão de entrar com pedido de julgamento do dissídio.
A CEF informou que não entrou com o pedido de julgamento e que as negociações prosseguem.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo distribuiu fitas vermelhas à categoria.

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