São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 1994
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Frutos do Pantanal combatem desnutrição

PAULO YAFUSSO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul estão analisando o valor nutritivo de frutos do cerrado e do Pantanal para o enriquecimento da alimentação da população.
Segundo Priscila Aiko Hiane, pós-graduada em ciência dos alimentos, pesquisas feitas no Departamento de Tecnologia de Alimentos e Saúde Pública da universidade com polpas e amêndoas de pequi e bocaiúva comprovaram que esses produtos são ricos em lipídios e proteínas.
A pesquisadora Isabel Lima Ramos, que também trabalha no projeto, diz que estes frutos podem servir como alternativa no combate à fome e à desnutrição.
Embora o Estado seja rico na produção de bocaiúva e pequi, que podem ser encontrados nos campos de cerrados e até nos quintais das casas, a população desconhece como usá-los na alimentação.
Os índios usam estes frutos como alimento. Foi observando a base alimentar dos índios que Priscila decidiu analisar a concentração dos nutrientes e o valor energético desses produtos.
As análises feitas na universidade mostram que a polpa de bocaiúva contém 16,5% de proteínas e a do pequi, 32,5%.
A concentração de lipídios na amêndoa da bocaiúva foi de 42% e do pequi, 33%. Em termos de proteína, a amêndoa possui 12,8% e a do pequi 21,3%. Segundo Priscila, a concentração de lipídios no abacate comum é de 16%.
A pesquisa mostrou também que as amêndoas de pequi e da bocaiúva possuem mais calorias que a do dendê. No pequi, foram encontrados 394 quilocalorias por 100 g de amostras e na bocaiúva, 474 quilocalorias por 100 g. A amêndoa do dendê possui 238,4 quilocalorias por 100 g.

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