São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 1994
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Menem quer cortes no setor público

A segunda etapa do programa de estabilização argentino pode resultar na demissão de milhares de funcionários públicos e uma nova rodada de privatizações.
Estas intenções constam do projeto de Orçamento para 1995, que depende da aprovação do Congresso. No projeto, o governo prevê também uma inflação de 3% para o próximo ano e um crescimento de 6,5% no Produto Interno Bruto.
Os gastos públicos estimados serão 5% maiores que os de 94 e atingirão US$ 42,8 bilhões. 64,8% do total serão destinados aos serviços sociais. Os fundos de educação receberão verbas 20% superiores.
O orçamento proposto estabelece ainda uma reserva de US$ 1 bilhão, que será usada para eliminação de 15 mil empregos no serviço público. O governo estimulará a aposentadoria voluntária ou o pagamento de indenizações por meio de bônus federais –um dos pontos mais polêmicos do projeto.
O presidente Carlos Menem pretende privatizar a Comissão Nacional de Energia Atômica, com cinco mil funcionários, que controla três centrais nucleares, a exploração de minas de urânio, fabricação de água pesada e combustível nuclear.
Desde o início da gestão do presidente Menem, em 1990, o governo já demitiu 300 mil funcionários públicos.

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