São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994 |
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Todos responsáveis Luciano Mendes de Almeida LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Esta participação política ativa e responsável inclui que elementos? 1) O exercício consciente e livre do direito e dever de votar. Quem anula ou desperdiça seu voto perde a ocasião de contribuir para a transformação do país a fim de que seja justo e solidário. Vender o voto a troco de vantagens pessoais é fomentar a corrupção. 2) Votar corretamente significa empenhar-se para escolher –a nosso discernimento– o candidato mais capaz de agir de modo honesto, competente e comprometido com o bem de nosso povo. 3) Entre os critérios básicos para esta correta escolha não podem faltar ao candidato cristão: – a decisão de esforçar-se para superar a fome e miséria de 32 milhões de brasileiros excluídos dos benefícios da vida digna, o que implica a luta contra o analfabetismo, a violência, o desemprego e o alastramento de doenças; – a defesa da vida humana, desde a concepção; – a promoção de princípios morais que salvaguardam o matrimônio, a família e o desempenho na atividade profissional e nos serviços públicos; – a multiplicação de oportunidades de trabalho com adequado salário para que cada um possa prover o próprio sustento e de sua família. 4) Tendo em vista o anseio por uma ordem econômica e social justa, é preciso apoiar candidatos que assumam as causas mais urgentes: a) a garantia para todos de condições de educação e saúde; b) a reforma do solo urbano, de modo a oferecer moradia digna, incluindo água tratada e serviços de esgoto; um programa agrário e agrícola, adequado às regiões, que permita trabalhar a terra, com apoio técnico e financeiro, melhorando, assim, a situação das áreas rurais; d) o empenho para a democratização da comunicação, assegurando que os meios de comunicação sigam critérios eticamente aceitáveis. 5) Haja, também, nos cidadãos o compromisso em lutar contra o trabalho escravo, em defender os direitos dos povos indígenas, em reformar o sistema carcerário e em atender aos "povos da rua", com particular atenção aos meninos e meninas. Nestas semanas que faltam até o dia 3 de outubro, precisamos todos cooperar a fim de que o processo eleitoral respeite as exigências éticas e as normas estabelecidas, assegurando a imparcialidade dos meios de comunicação –evitando a manipulação da opinião pública. Nossa corresponsabilidade deve se expressar, em especial, na oração pelo Brasil, pedindo a Deus luz e força para que todos –eleitores e eleitos– assumamos com vigor nossa missão nesta hora de grande decisão. No dia 25 de setembro, estamos convocados para orarmos juntos, nas famílias e comunidades, pela pátria. D. Luciano Mendes de Almeida escreve aos sábados nesta coluna. Texto Anterior: Mosquitos e camelos, outra vez Índice |
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