São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994
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Governo mantém socorro a banco público

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai continuar socorrendo bancos públicos, estaduais e federais, que enfrentam dificuldades desde o lançamento do Plano Real.
Segundo o presidente do Banco Central, Pedro Malan, alguns bancos estão com problemas de liquidez devido à queda da inflação e ao aumento dos juros reais no mercado interbancário.
O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou ontem a reclassificação do crédito imobiliário já vencido e não recebido pela CEF (Caixa Econômica Federal).
Segundo Malan, o governo entendeu que a os problemas que a CEF enfrenta devem-se em grande parte a operações do extinto BNH (Banco Nacional da Habitação), cujos contratos foram transferidos para a CEF compulsoriamente.
Foi aprovada também a exclusão dos créditos concedidos ao grupo Mendes Júnior do limite máximo de endividamento estabelecido para o BNB (Banco do Nordeste do Brasil), para regularizar o balanço do banco.
Após a reunião do CMN, Malan disse que o BÁ continuará as operações de socorro a bancos estaduais, especialmente Banespa (SP), Banerj (RJ) e Banrisul (RS).
O Banco Central vem trocando títulos estaduais por federais, como forma de ajudar os bancos estaduais.
Os títulos estaduais, por serem considerados de alto risco, são negociados a juros maiores no mercado.
A criação dos fundos de investimento em títulos da dívida externa foi discutida pelo CMN, mas a aprovação ficou para uma reunião extraordinária do Conselho, que deve ser realizada na próxima semana.
A consolidação das regras para aplicação dos recursos dos fundos de pensão também estave em pauta.
O CMN decidiu acabar com os limites mínimos exigidos para compra de ativos. Os limites máximos, no entanto, continuam existindo.
O CMN analisou novas regras para balanços de bancos federais.
As regras possibilitariam que a CEF (Caixa Econômica Federal) e o BNB (Banco do Nordeste do Brasil) não registrassem prejuízo. Os créditos de retorno duvidoso não seriam contabilizados no passivo.

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