São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994 |
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Acordo gera protesto nos EUA
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Elas criticam a concessão de anistia geral e irrestrita para os integrantes da junta militar que depôs o presidente Jean-Bertrand Aristide em setembro de 1991. Segundo suas estimativas, mais de 4.000 pessoas foram mortas no Haiti por motivos políticos nestes três anos. Randall Robinson, líder de um desses grupos, que chegou a fazer greve de fome pela intervenção militar dos Estados Unidos contra a junta militar, disse: "Ninguém proporia que os líderes da Alemanha nazista fossem anistiados". Grupos que defendem os direitos de refugiados haitianos nos Estados Unidos temem que haja uma deportação em massa. Há 14.200 haitianos detidos na base norte-americana de Guantánamo, em Cuba, e cerca de 20 mil nos Estados Unidos. Todos pediram asilo político sob a alegação de serem vítimas de perseguição por parte do regime militar. Apesar do acordo que prevê a saída dos militares do poder em 15 de outubro, muitos desconfiam que o ambiente no Haiti tão cedo não estará seguro para os que desde 1991 escaparam de lá para os Estados Unidos. (CELS) Texto Anterior: Política dos EUA envergonha Carter Próximo Texto: Jornais apóiam saída negociada para a crise Índice |
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