São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994 |
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Juiz decide sobre quebra de sigilo de policiais
MARCELO GODOY
Os pedidos foram apresentados ontem pela promotora Eliana Passarelli, 38. Ela pediu ainda a quebra do sigilo de todos familiares dos policiais e do comerciante José Gonzaga Moreira, 50, o "Zezinho do Ouro", autor das denúncias. Zezinho do Ouro, 50, foi depor ontem novamente na Corregedoria do Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo, que apura o caso. Ele chegou às 17h50. Disse que faria novas denúncias envolvendo policiais em desvio de cargas roubadas e tráfico de drogas. O depoimento continuava até as 19h30. Até agora, Zezinho do Ouro forneceu os nomes completos de 34 policiais e apelidos de outros 18. Ele os acusa de tráfico de drogas, extorsão, corrupção, roubo, desvio de mercadorias e homicídio. O comerciante é ex-informante da polícia e diz ter feito as denúncias por ter sido ameaçado de morte. Desde ontem, um carro da PM permanece em frente à sua casa, no Jardim Peri (zona norte de SP). A promotora Eliana Passarelli, que disse também ter recebido ameaça, já recebe proteção. O ex-informante denunciou ontem mais um caso envolvendo policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Segundo ele, a delegada Patrícia Pena Saraiva, da Delegacia de Roubo de Cargas, e os investigadores conhecidos como Diogo, André "Boca" e "Camarão" participaram de uma extorsão de Cr$ 200 milhões no final de 92. Zezinho do Ouro afirmou que o dinheiro foi pago pelo dono de um desmanche em São Miguel Paulista (zona leste de SP), onde teriam sido encontrados dez carros roubados e uma carga de pneus. Texto Anterior: Juro deve se manter em 1,5% Próximo Texto: Delegados negam as acusações Índice |
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