São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994
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Mulheres de Pompéia eram gordas e peludas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Segundo pesquisa divulgada ontem em Londres (Reino Unido), muitas mulheres da antiga cidade de Pompéia sofriam de um distúrbio hormonal que as tornava gordas, com muito pêlo no corpo e com tendência a fortes dores de cabeça.
A descoberta da antropóloga australiana Estelle Lazer, publicada na revista "New Scientist", destrói a lenda de que Pompéia era povoada por exemplos de beleza clássica.
Estelle estudou os ossos de 300 pessoas, retirados das ruínas históricas da cidade, que foi soterrada em 79 a.C. por uma erupção do vulcão Vesúvio.
Ela encontrou uma formação óssea no interior de vários crânios (número não especificado) que indicava a existência de um distúrbio hormonal que causa obesidade, excesso de pêlos no corpo e dor de cabeça, além de provocar diabetes.
"Foi sorte que se tratava de algo que podia ser diagnosticado através dos ossos do crânio", disse a antropóloga, que trabalha na Universidade de Sydney.
Outra pesquisadora da universidade de Sydney, Penelope Allison, concluiu também que Pompéia sofria de uma "deterioração contínua" nos anos que culminaram com sua extinção.
Depois de examinar o conteúdo de 30 casas, ela descobriu que invasores haviam tomado algumas das casas mais nobres da região.
"Provavelmente a população já estava bem reduzida quando veio a erupção", diz.

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