São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994
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PC depõe e contesta Francisco

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O empresário Paulo César Farias, o PC, considerou "estranho" que o governador de Pernambuco, Joaquim Francisco (PFL), tenha negado o recebimento de sua ajuda em dinheiro para a campanha ao governo do Estado.
"Desde 21 de junho de 1993, quando do depoimento perante o Supremo Tribunal Federal, o governador Joaquim Francisco foi citado nominalmente como um dos recebedores de ajuda de campanha e, naquela ocasião, nada contestou", afirmou PC.
PC Farias disse que a ajuda de US$ 3 milhões para a campanha eleitoral de Joaquim Francisco foi um "gesto de gratidão".
Segundo PC, o dinheiro seria a retribuição pelos serviços prestados por Joaquim Francisco na campanha de 1989, quando Fernando Collor foi eleito presidente.
As considerações foram feitas em depoimento à Polícia Federal anteontem. A Folha teve acesso à íntegra do depoimento.
"Não faz sentido, após mais de um ano, vir agora a contestar o fato", disse PC no depoimento.
PC negou que tenha colaborado diretamente com a campanha do senador Marco Maciel (PFL-PE).
Disse que a conta em nome do fantasma Carlos Souto foi fornecida por Joaquim Francisco. Ela recebeu os recursos de PC para financiar a campanha de 89, da qual Francisco era o coordenador.

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