São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994
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Leonel Brizola afirma no MS que pretende desarmar os policiais

PAULO YAFUSSO

PAULO YAFUSSO PAULO YAFUSSO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Leonel Brizola, afirmou ontem em Campo Grande (MS) que caso seja eleito pretende promover o "desarmamento geral" no país, inclusive da polícia.
"O regime criou a doutrina, a mentalidade e a polícia é que faz a violência gerar no país inteiro", disse.
Brizola disse que o uso das armas ficaria restrito a "órgãos especiais altamente responsáveis que jamais usarão as armas contra o ser humano".
Para executar o plano de desarmamento, o ex-governador do Rio de Janeiro espera contar com a ajuda das Forças Armadas.
Ao ser questionado sobre como pretende promover esse desarmamento, Brizola se limitou a responder: "Usando os meios legais".
Na avaliação do candidato, essa é a única forma de se combater a violência, "porque do contrário o país vai se transformar num quadro dantesco, de violência, de morticínio e de guerra civil".
Brizola disse ainda que a "falta de pulso" do governo federal tem facilitado o contrabando de armas para o Brasil.
"Onde está a Polícia Federal, as Forças Armadas, que não agem contra essa questão de contrabando de armas?", questionou. O candidato disse que para acabar com a impunidade pretende fazer com que o Judiciário "funcione".
Brizola disse ser favorável a eleição direta de juízes de primeira instância e promotores de Justiça. "O juiz tem que buscar a sua autoridade na fonte do poder, que é a população", afirmou.

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