São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994
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Prefeitura multa quem lavar a calçada

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo inicia na segunda-feira uma ofensiva para tentar controlar o gasto excessivo de água na cidade. As medidas fazem parte de uma ação que a prefeitura desenvolve com a Sabesp para evitar o racionamento.
Entre as medidas, funcionários municipais vão fiscalizar a colocação de lixo nas ruas do centro.
Para evitar o racionamento, a prefeitura já vem disciplinando o uso de água através da lei municipal nº 10.315, de 1987, que prevê horários para lavagem de calçada.
A lei estabelece que as calçadas devem ser lavadas entre as 22h e as 7h (bairros periféricos) ou entre 22h e 8h (bairros centrais).
A lei limita também os horários em que carros podem ser lavados no meio-fio em frente à casa dos proprietários.
A prefeitura já multou cerca de cem pessoas desde que a lei foi "ressuscitada", no início do mês. Somente no período entre 14 e 21 de setembro, 67 pessoas foram multadas em 2 UFMs (R$ 58,03).
A prefeitura conta com 15 funcionários para fazer a fiscalização. Santa Cecília, Moema e Itaim foram os bairros com maior número de autuações por lavagem de calçada em horário impróprio.
Em relação à lavagem de carros, o maior número de multas corresponde aos bairros do Tatuapé, Mooca e Penha, na zona leste.
A falta de chuvas e as altas temperaturas dos últimos dias estão agravando a situação dos reservatórios da Sabesp, especialmente os que abastecem as zonas leste e sul.
Há possibilidade de que bairros da zona leste sejam abastecidos em sistema de rodízio (veja quadro ao lado) a partir do dia 15 de outubro.
Lixo
Na segunda-feira, fiscais da Administração Regional da Sé estarão percorrendo a região para retirar das ruas os sacos de lixo colocados fora do horário de coleta.
Segundo a Secretaria das Administrações Regionais, o objetivo é orientar moradores e comerciantes sobre o horário da coleta, evitando acúmulo de lixo nas calçadas.
Ao ficar muito tempo expostos nas ruas, os sacos de lixo frequentemente arrebentam ou deixam escorrer chorume (líquido tóxico produzido pelo acúmulo de lixo).
Segundo as Administrações Regionais, a operação é uma tentativa de controlar o gasto de água da prefeitura na limpeza da cidade.

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