São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Paulistano diz adeus ao inverno com pouca roupa

DANIELA FALCÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quanto menos roupa, melhor. Esse foi o lema dos paulistanos ontem, último dia do inverno. Pelas ruas da cidade, a regra geral era deixar pernas e ombros de fora para amenizar o calor.
"Está um absurdo de quente. Não me lembro de um final de inverno tão seco e abafado há muito tempo", diz o artista plástico Donato Chiarella, 48, que aposentou casacos e malhas de lã há mais de duas semanas e agora só anda de bermudas.
Com um vestido florido acima dos joelhos, a estudante de administração de empresas Ellen Muneratti, 18, reclamava do calor na rua Oscar Freire (zona oeste), onde os termômetros marcavam 30ºC por volta das 11h.
"Nos últimos três dias, tem feito muito calor e o jeito é usar roupas bem leves", afirma Ellen, que também se queixou da poluição.
"Gosto de dia quentes, mas difícil de aguentar é esse abafamento e a poluição. Se pudesse, ficaria o dia inteiro num lugar com ar-condicionado", diz Ellen.
Valquíria Bueno Moraes, 32, gerente de uma loja de roupas na rua Oscar Freire, se protege do calor com o ar-condicionado da loja.
Mas sempre que pode, foge até a banca da esquina para tomar água-de-coco. "Pior do que o calor, é a secura. Só bebendo muito líquido para não passar mal", diz.
Para a estudante Helena Nunes, 17, o pior é não poder usar shorts na escola.
"Sempre que dá para sair do colégio mais cedo, troco a calça pelos shots e vou direto para o clube nadar. Só assim, o calor passa", diz Helena.

Texto Anterior: Falta de chuva já dura 60 dias
Próximo Texto: Jardim Botânico ganha 'lago de flores'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.