São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 1994
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Caio consegue driblar violência

DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Caio, 19, foi um dos alvos preferidos dos zagueiros colombianos –inexperiente em partidas internacionais (foi a primeira vez que iniciou um jogo no exterior como titular), o jogador ouvia ameaças todo minuto.
"Eles xingavam, ameaçavam, davam cotovelada, tudo para provocar", contou Caio que voltou da Colômbia com marcas de pancada nas canelas.
O atacante soube se controlar. A ponto de manter a tranquilidade em um momento máximo do jogo, quando o São Paulo marcou seu primeiro gol.
Caio aproveitou a desatenção do zagueiro, roubou-lhe a bola e, sem marcação, chutou certeiro, enganando o experiente goleiro Higuita.
"Antes do jogo, já sabíamos que os jogadores colombianos gostam de esnobar ao tocar a bola. O importante era descobrir o momento certo para tentar ganhar o lance."
A percepção é uma das virturdes de Caio, já notou o técnico Telê Santana. "Ele é um jogador rápido e atento. Sabe se colocar em campo", disse o treinador.
Caio é mais um produto da sistemática orientação que Telê Santana dedica aos novos jogadores. Seu rendimento vem convencendo o treinador a adiar o retorno de Muller.
O atacante, porém, evita a empolgação. "Ele é muito mais experiente, o que certamente vai contar no julgamento final do treinador."
Sócio do São Paulo, Caio se distingue dos demais jogadores –com boa escolaridade (completou o colegial), o atacante pretende cursar administração de empresas.
"O problema é conciliar com o futebol", disse Caio, que aproveita a folga em casa, no Morumbi (zona sul de São Paulo).

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