São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 1994 |
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Maníacos por figuras 3D tem mais diversão
PRISCILA SÉRVULO
O primeiro volume vendeu mais de seis milhões de exemplares em todo o mundo. Esta semana, sai o número dois –"Magic Eye 2: Now You See It"– que já é mania nos EUA. No Brasil, deve repetir o sucesso do primeiro. Durante a Bienal do Livro de São Paulo, em agosto, o "Olho Mágico 1" foi o livro de não-ficção mais vendido, com 140 mil exemplares já comercializados. Na primeira vez é difícil enxergar. Na segunda, terceira e quarta também. Mas vale a pena tentar. Nada melhor do que –depois de milhões de tentativas– se juntar àquele grupo de privilegiados que fica extasiado com as figuras. Segundo a médica oftalmologista Magda Raquel Fincatto, 28, todas mundo que tem visão nos dois olhos pode enxergar as imagens em 3D. Segundo o livro "Aventuras em 3D", de Douglas E. Wolfgram, 95% das pessoas conseguem enxergar. Os outros 5% só não vêem por "pura falta de sorte". Ou de paciência. Enxergar em três dimensões é mais ou menos como andar de bicicleta. Depois de aprender, fica cada vez mais fácil. Você pega o jeito e não perde mais. O livro foi lançado em 1992 nos Estados Unidos. Em setembro, os norte-americanos já vão ver o terceiro volume. O primeiro volume, lançado no Brasil no dia 17 de julho. A imagem é gerada por um programa de computador e se chama estereograma. Os primeiros estereogramas foram criados em 1959 pelo pesquisador Bela Julesz, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Julesz criou imagens tridimensionais por dois padrões de pontos aleatórios. O desenho só podia ser visto com um óculos. Em 1990, pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Olho Smith-Kettlewell, em São Francisco conseguiram criar um método que dispensava o uso dos óculos para ver em 3D. O estereograma abaixo traz a palavra "Folhateen" e foi feito especialmente para o caderno pelo estudante de computação da USP Julio Otuyama, 24. Ele inventa estereogramas há um ano. O garoto conheceu a técnica ao ver xerox de estereogramas dos EUA e Japão. No começo, Otuyama não conseguia enxergar as imagens em três dimensões. "Como os outros enxergavam, então me interessei". "Nas primeiras vezes que consegui, bastava piscar o olho e perdia a imagem. Com o treino, fui melhorando. Agora é só bater o olho e já enxergo". A SÉRIE "Olho Mágico" – Uma Nova Maneira de Ver o Mundo, Ilusões 3D (da N.E. Thing Enterprises), Livraria Martins Fontes Editora (r. Conselheiro Ramalho, 330, São Paulo), tel. 011- 239.3677 – 32 págs. R$ 14,50). "Olho Mágico 2 - Now you see it...". 32 págs. R$ 14,50. "Olho Mágico" pôster (8 págs- R$ 24,50). Próximo Texto: Todo mundo pode ver Índice |
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