São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 1994
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Covas tem 46%; Rossi atinge 16%

DA REPORTAGEM LOCAL

Mário Covas (PSDB) venceria a eleição para o governo de São Paulo se a votação tivesse sido realizada ontem.
Segundo a pesquisa Datafolha realizada nos dias 27 e 28 de setembro, o candidato tucano oscilou um ponto para baixo e passa a ter 46% das intenções de voto, contra 39% de todos os seus adversários.
A diferença, hoje em sete pontos percentuais, era de nove pontos na pesquisa realizada dias 21 e 22 de setembro.
Francisco Rossi (PDT) é o segundo colocado, com 16%.
O candidato do PDT oscilou positivamente três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.
Rossi mantém a sua lenta tendência de alta desde o levantamento realizado nos dias 8 e 9 de agosto, quando registrou 7% das intenções de voto.
O candidato do PMDB, Barros Munhoz, oscilou negativamente dois pontos e está com 10%. José Dirceu (PT) variou um ponto para baixo e está com 9%.
Capital x interior
Covas tem a maioria absoluta dos eleitores da capital, 51%, e bate o segundo colocado no interior, Munhoz, por 48% a 13%.
O candidato pedetista fica mais próximo do tucano na região metropolitana, onde registra 28% contra 33% de Covas. Rossi governou Osasco, cidade da Grande São Paulo.
Apesar de manter a vitória no primeiro turno, a tendência de votação de Covas é de declínio.
O tucano tinha 56% na pesquisa do início de maio, nível em torno do qual oscilou até julho, quando começou a sua tendência de queda.
Pesquisa com urna
Na pesquisa Datafolha realizada pelo método de simulação real da votação, na qual o entrevistado coloca a cédula na urna, o tucano também vence no primeiro turno. Bate seus adversários por 42% a 35%.
Na simulação anterior em urna, a distância de Covas em relação aos seus adversários era de seis pontos, dentro da margem de erro de três pontos para mais ou para menos, o que indicava a possibilidade de realização de segundo turno em São Paulo.
O número de eleitores que votaria em branco ou nulo cresce para 22% na pesquisa com o voto na urna. No levantamento por declaração de voto eles são 15%.
Segundo Gustavo Venturi, diretor do Datafolha, essa diferença indica uma maior dificuldade de o eleitor lidar com a cédula eleitoral.

A pesquisa Datafolha é uma amostragem estratificada, realizada com sorteio aleatório dos entrevistados.
O conjunto dos eleitores dos Estados é dividido em três subuniversos: capital, outras cidades da região metropolitana e interior.
Em cada subuniverso, de acordo com seu peso eleitoral, os municípios são agrupados por localização e nível sócio-econômico.
Em cada grupo, são sorteados municípios estratificados pelo número de eleitores.
Através de sorteios sucessivos chega-se ao bairro, rua e indivíduo a ser pesquisado.
A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi, tendo como assistentes Mauro Francisco Paulino, Emilia de Franco e a estatística Renata Nunes Cesar.

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