São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 1994
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Perigos aguardam turistas de SP

AURELIANO BIANCARELLI; HAROLDO CERAVOLO SEREZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Buracos, depressões na pista, falta de acostamento, cruzamentos em nível, pedestres e até animais na rodovia.
Este é o quadro das estradas que o motorista que for ao litoral neste primeiro feriado prolongado pós-inverno.
A Folha percorreu os cerca de 290 km de rodovias entre Peruíbe, no litoral sul, e Ubatura, no litoral norte. Constatou que estas estradas concorrem em risco às rodovias mais perigosas do país (veja quadro).
Os 65 km da Manoel da Nóbrega, que liga a Imigrantes-Anchieta a Peruíbe, tem apenas um viaduto. Os outros cerca de 20 cruzamentos que levam às cidades, praias e bairros, são feitos em nível. Por ali passam cerca de 90 mil carros em feriados prolongados.
Apenas 30 km da rodovia tem pista dupla. Nos outros trechos, caminhões e carros de passeio trafegam pelo acostamento. No fim-de-semana passado, dois pedestres atropelados morreram.
Para tentar diminuir os acidentes, a Polícia Rodoviária recolhe animais soltos na pista e usa barreiras em cruzamentos, para reduzir a velocidade dos veículos.
Há outro problema. "Como a região é de lazer, muitos motoristas dirigem embriagados", diz o capitão Wagner Quarteroni, da Polícia Rodoviária.
Litoral Norte
Na Piaçaguera-Guarujá, um estreitamento de pista na "serrinha" (km 71,5), provocado por uma obra inacabada, causa engarrafamentos e riscos de acidente.
A Rio-Santos, que vai da Piaçaguera até Ubatuba, não tem pista dupla em nenhum trecho. Em dias de chuva, o piso irregular provoca empoçamento de água, que pode resultar em perda da direção.
Assim como na Manoel da Nóbrega, é constante a presença de ciclistas e de pessoas caminhando no acostamento ou à beira da pista.
Muitas cidades são cortadas pela estrada, aumentando o risco de atropelamento. Nos 195,5 km da Rio-Santos no trecho até Ubatuba, só há uma passarela , np km 189.
A sinalização é insuficiente. Placas que indicam distância não existem e as de quilometragem são raras ou encobertas por mato.
Outro problema é o excesso de lombadas, presentes nos cruzamentos (que são todos em nível). Normalmente mal sinalizadas, podem provocar colisões traseiras.
(Aureliano Biancarelli e Haroldo Ceravolo Sereza)

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