São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 1994
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PF prende 1º por cobrança de ágio

Revenda cobra US$ 1.000 a mais

DA FT

A Polícia Federal indiciou ontem duas pessoas por vender carro com ágio. Foram indiciados o dono da revendedora 3.000 Automóveis, Leonardo Romanioli Filho, e o vendedor Luís Silveira, da Frame.
Os dois foram presos quando o taxista José Fioravanti entregou US$ 1.000 a Romanioli como ágio de uma Quantum.
Fioravanti procurou a 3.000 em 23 de setembro para comprar um carro novo. Romanioli indicou a Frame, concessionária Volkswagen.
Segundo o taxista contou à PF, no dia 26 Silveira lhe disse que teria arrumado o carro, mas teria que negociar com Romanioli na revendedora 3.000. Romanioli disse ao taxista que o preço seria R$ 16.215,54, mas que deveria dar US$ 1.000 "de presente ao pessoal da Frame".
No dia 27 Fioravanti e seu filho Sérgio, agente da PF, foram à 3.000 fazer o pagamento. Outros dois agentes da PF ficaram do lado de fora. Quando o dinheiro foi entregue, Romanioli foi preso. A nota fiscal estava em nome da Frame.
O advogado de Romanioli, Antônio Craveiro Filho disse que seu cliente não tinha pedido dinheiro ao taxista. O advogado da Frame, Angelo Mendes Correa não explicou porque a nota fiscal estava na 3.000. Este é o primeiro caso configurado de ágio.

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