São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995
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Vila Nova Conceição concentra alto padrão

CARMEN BARCELLOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A proximidade do parque Ibirapuera transformou a Vila Nova Conceição num dos bairros mais caros de São Paulo.
Abrir a janela e vislumbrar a área verde do parque pode custar R$ 2.200 por m2 construído. Para apartamentos sem esse privilégio, o valor gira em torno de R$ 1.400 por m2.
"Um imóvel com vista para o parque pode ter preço entre 20% e 30% maior", avalia Renato Genioli, 34, diretor de incorporações da construtora Concyb.
O bairro tem o prédio apontado pelo mercado como um dos mais caros da cidade –o Clermont de Ferrand, construído pela Sucar. O último dos 24 apartamentos foi vendido por US$ 2,8 milhões.
Além da suntuosidade (700 m2 de área útil, quatro suítes e seis vagas na garagem), o prédio está no ponto mais valorizado do bairro: a praça Pereira Coutinho.
Na rua Escobar Ortiz, a construtora Otávio Pires prepara um prédio de 13 apartamentos, com quatro suítes, 500 m2 de área útil, mármores e metais importados. As vendas terão início após a conclusão da obra, por preços que deverão ultrapassar R$ 1 milhão.
Mas os preços não assustam os compradores. A rapidez com que estão sendo vendidos os dois prédios lançados pela Concyb na avenida Hélio Pellegrino mostra a alta demanda pelo bairro.
O Green Wood teve as 28 unidades esgotadas em uma semana. No Green Valley, lançado há duas semanas, restam 14 apartamentos.
Os dois empreendimentos são vizinhos, têm quatro quartos (três suítes), 160 m2 de área útil e custam entre R$ 129 mil e R$ 384 mil. Um terceiro edifício será lançado pela Concyb neste mês.
Os pólos comerciais da Vila Nova Conceição concentram-se na avenida Santo Amaro e na rua Afonso Brás. Nessas vias, são encontrados bancos, Correios, farmácias, entre outros serviços.
No miolo do bairro, o comércio se restringe a panificadoras e pequenas lojas. Na avenida República do Líbano, várias casas viraram escritórios, consultórios, videolocadoras e butiques.

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