São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995
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MULTIMÍDIA

JAIR RATTNER
DE LISBOA

Em todos os canais da televisão portuguesa, as informações sobre a posse do Fernando Henrique Cardoso foram acompanhadas pela divulgação da pesquisa mundial Gallup que aponta o Brasil como o país mais otimista do mundo.
Para a rede de televisão portuguesa SIC, a tomada de posse do novo presidente representa a subida ao poder da geração que lutou contra a ditadura militar no brasil. A SIC –que é ligada à Rede Globo– contou a história de Fernando Henrique CArdoso destacando o fato de ter sido perseguido pelo regime militar e que foi obrigado a exilar-se.
Para a televisão estatal RTP, a presidência de Fernando Henrique representa a esperança dos brasileiros na estabilidade. A TVI, ligada à Igreja católica, fez um levantamento das dificuldades que o novo presidente vai ter pela frente, como a administração do apoio político para conseguir fazer as reformas fiscal e a constitucional.
A rádio TSF acompanhou a cada meia hora os acontecimentos da posse, informando desde a chegada das delegações internacionais a Brasília até o banquete para 30.000 pessoas.
Agências internacionais
A UPI abriu seu material informativo lembrando que FHC assumiu a Presidência 25 anos depois de haver sido considerado subversivo pelo regime militar que governou o país. "Este ano será melhor, e o próximo melhor ainda. Não há um único especialista sério no mundo que anuncie para o Brasil outra coisa que não um grande período de crescimento", citou a UPI.
A France Presse classificou o novo presidente de social-democrata e opositor do regime militar e informou que ele prometeu justiça social e pediu muito trabalho e solidariedade a seus compatriotas. Segundo a agência, não houve grandes demonstrações de calor popular na posse.
A Associated Press relatou que o novo presidente prometeu nova era de crescimento. "Sem arrogância, mas com abosluta convicção, eu digo: este país seguirá adiante", reproduziu.
A agência EFE distribuiu informe com trechos do discusro de FHC no qual ele afirma que o Brasil recuperou a liberdade e o desenvolvimento, sem que houvesse justiça social, classificada como "objetivo número um" do governo.

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